Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Danielle Priscila Bueno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-07052020-153945/
|
Resumo: |
Na avicultura de postura no Brasil, estudos que indiquem quão sustentáveis são os sistemas de produção de ovos ainda são escassos, e, devido a singularidade de cada um desses quanto à infraestrutura, manejo e uso de recursos, os impactos no ambiente e na qualidade de vida dos animais podem ser divergentes. Com o intuito de identificar os pontos críticos e predizer os impactos que a atividade pode gerar, o objetivo desse estudo foi analisar a sustentabilidade ambiental de diferentes sistemas brasileiros de produção de ovos. A pesquisa foi dividida em cinco capítulos. No primeiro, foi realizada uma introdução geral sobre o tema. No segundo, uma revisão de literatura sobre aspectos gerais da sustentabilidade na produção animal. No terceiro capítulo, a partir do fluxo de material de cada um dos sistemas de produção de ovos considerados (C1: galpão californiano; C2: galpão fechado, climatizado; FR: free-range) e de índices energéticos dos insumos, foi possível estimar o seu fluxo de energia. Para a caracterização de cada sistema e levantamento do fluxo de material, foram coletados indicadores zootécnicos e realizadas entrevistas com os responsáveis técnicos. Tendo como base o fluxo de material por unidade de massa de ovo, no quarto capítulo foi avaliado o desempenho ambiental de cada um dos sistemas de produção de ovos considerados, aferindo-se o potencial de aquecimento global, de eutrofização e de acidificação. No quinto capítulo, foi avaliado o bem-estar das poedeiras por meio da análise da integridade física das aves. Os resultados evidenciaram que o sistema C2 foi o que apresentou melhor desempenho no uso dos recursos energéticos por unidade de produto. Tendo em vista que a ração, a eletricidade e o diesel são os insumos que mais demandam energia, ressalta-se a necessidade de buscar medidas que visem a sua otimização e uso racional. Ainda, verificou-se que insumos para o aquecimento das aves, métodos de manejo dos dejetos e tratamento de aves mortas podem ser substituídos por outras fontes menos poluidoras e acessíveis ao produtor. Os resultados referentes à avaliação da integridade física das aves, evidenciam que o sistema C1 é inadequado ao bem-estar de poedeiras comparado aos demais. Uma vez que existem opções de sistemas de produção de ovos que oferecem melhores condições de vida às aves, ressalta-se a necessidade de adaptações ou mesmo mudanças para os demais sistemas. Ao comparar os sistemas de produção, verificou-se que o C1, hoje em sua maioria no Brasil, foi o que apresentou os piores resultados, tanto com relação ao desempenho ambiental, quanto ao bem-estar das aves poedeiras. Evidenciou-se ainda que não há um sistema de produção de ovos perfeito quando o assunto é sustentabilidade, visto que cada um deles, em função das suas peculiaridades, apresentam deficiências quanto ao uso de insumos e qualidade de vida das aves, porém, baseando-se nas avaliações efetuadas nesse estudo, há potencial de melhoria, se forem adotadas técnicas simples de gerenciamento ambiental e adaptações nos galpões que contribuam para a melhoria do bem-estar das aves. |