Repercussões da pandemia de COVID-19 em uma unidade de pronto atendimento: a implantação de protocolos interprofissionais para a organização do fluxo assistencial e a percepção dos profissionais de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Faria, Mayara Fálico
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-18042023-104249/
Resumo: Trabalho em formato de dois artigos, sendo primeiro uma pesquisa qualitativa com abordagem da pesquisa-ação cujo objetivo foi descrever os protocolos interprofissionais implantados para a organização do fluxo assistencial em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) durante a pandemia de COVID-19. O estudo considerou os ciclos da pesquisa-ação propostos por TRIPP (2005): planejamento, implementação, a descrição e a avaliação. A reorganização da unidade evidenciou pontos positivos como participação e envolvimento da equipe, revisão de processos, busca por evidências e parcerias intersetoriais; e negativas como a dificuldade na segregação do paciente contaminado dentro da estrutura física da UPA. O segundo artigo teve como objetivo avaliar a percepção de profissionais que atuaram na linha de frente na mesma UPA durante os diferentes períodos de enfrentamento da pandemia de Covid-19 (2020, 2021 e 2022), por meio de um estudo qualitativo com técnicas de análise de conteúdo e análise de similitude, utilizando um instrumento com características sociodemográficas e três questões norteadoras. As percepções de profissionais indicaram sentimentos negativos, alertando sobre a deterioração da saúde mental, com repercussões crônicas que requerem atenção e investimento em saúde do trabalhador adequadas e de longo prazo. Enquanto aspectos positivos, observa-se a relevância do trabalho em equipe e a transformação cultural a nível pessoal e organizacional; a educação em saúde, como ferramenta para autonomia e segurança do profissional. Ambos os trabalhos demonstraram situações relevantes sobre a gestão em saúde durante a pandemia, descrevendo experiências com potencialidades e fragilidades que podem ser replicadas em novos contextos, além do mais, alguns achados das pesquisas sevem de alerta para a condução do setor saúde em um cenário pós pandemia