A cidade dos trabalhadores: insegurança estrutural e táticas de sobrevivência em Macapá (1944-1964)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lobato, Sidney da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-02102013-131130/
Resumo: Em 1944, Macapá foi transformada na capital do recém-criado Território Federal do Amapá. Nos vinte anos seguintes, as obras realizadas nesta cidade, a fim de modernizá-la, ensejaram que aí ocorresse um boom populacional. Milhares de migrantes paraenses e nordestinos formaram rapidamente grandes bairros. Estes novos assentamentos não eram assistidos pelos serviços públicos. Moradias e empregos eram insuficientes. Insuficiente era também o fornecimento de gêneros alimentícios. A carestia tornava a sobrevivência um enorme desafio para os mais pobres. O súbito crescimento demográfico, os obstáculos criados pela Segunda Guerra Mundial e a defesa governamental das margens de lucro das classes proprietárias fizeram tal problema ganhar proporções muito dramáticas. Dentro deste quadro de insegurança estrutural, os trabalhadores criaram uma série de táticas para sobreviver. Nosso estudo consiste, fundamentalmente, num inventário de tais táticas e num esforço para compreendê-las como combinações de elementos oriundos da tradição e da improvisação. Estas táticas tinham como base uma sociabilidade caracterizada principalmente pela solidariedade horizontal.