É o cheiro, é o ralo, é o campo: uma análise do caso Lourenço Mutarelli em sua entrada no campo literário brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Coelho, Paulo Vítor
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-13052019-144359/
Resumo: Este trabalho trata de analisar a transição do autor Lourenço Mutarelli entre campos, dos quadrinhos para o campo literário, em que O cheiro do ralo (2007) materializa esse processo. Seu primeiro romance possui dificuldades analíticas de forma e temas que trazem ainda resquícios do autor de quadrinhos. Essas dificuldades recaem em frequentes equívocos de avaliação e classificação de Mutarelli, quando não recaem em reações intempestivas sobre sua produção e origem artística. Tomando essa entrada como problemática, é evidente a impossibilidade ainda em compreender a obra e o gesto que ela representa, por conta de métodos que não levam em conta a dinâmica do campo literário brasileiro contemporâneo e seus produtores. Assim, esse trabalho se debruça sobre o problema levando em conta as particuliridades das dinâmicas do meio dos quadrinhos e do meio literário, aliadas à leitura analítica do texto literário. Investigaremos as relações estabelecidas pelo autor com os produtores nessa movimentação, e como seu primeiro romance expressa essa complexidade. Auxiliados pelas descrições e teorizações sobre a dinâmica do campo literário (Bourdieu), veremos como a geração de valor é transferida ao autor e sua obra. E como O cheiro do ralo inaugura novos problemas acerca da forma literária e a produção contemporânea de literatura, inclusive de espaços no campo literário ainda não privilegiados à descrição ou análise acadêmica.