Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Antonio, Juliana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-23012017-100635/
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Resumo: |
A decomposição de serapilheira é um processo fundamental para a ciclagem de nutrientes e a manutenção da fertilidade dos solos em florestas tropicais. Além disso, contribui com os fluxos de carbono para a atmosfera, sendo constantemente discutida no âmbito das mudanças climáticas globais. Dentre os fatores que influenciam na sua dinâmica, o local de origem das espécies vegetais, a qualidade nutricional da serapilheira e a comunidade decompositora do solo tem recebido destaque. Interações entre plantas e decompositores que resultam em uma maior decomposição no local de origem das espécies vegetais em relação a um local externo são denominadas \"home field advantage\" (HFA). O presente estudo teve como objetivos investigar a ocorrência do HFA, bem como a influência das interações entre o local de origem das espécies vegetais, os decompositores do solo e a qualidade nutricional do material vegetal na decomposição de serapilheira em áreas de Floresta Ombrófila Densa Atlântica de terras baixas e montana localizadas no litoral norte do estado de São Paulo. Para isso foi realizado um experimento de decomposição com permuta de material foliar entre as florestas de terras baixas e montana com duração de 250 dias, utilizando folhas senescentes da espécie Rustia formosa, proveniente da floresta de terras baixas, e Licania hoehnei, proveniente da floresta montana, e litter bags com diferentes aberturas de malha para controlar a inclusão exclusão da meso e macro fauna do solo. Também foram quantificadas as concentrações de nutrientes, compostos orgânicos e composição isotópica para determinação da qualidade inicial das serapilheiras e sua dinâmica durante a decomposição. As diferenças na qualidade inicial das espécies não causou diferenciação entre as suas taxas de decomposição. As taxas de decomposição foram semelhantes entre espécies e ambientes, não sendo verificada maior velocidade de decomposição associada com a interação entre as espécies e seus ambientes de origem, o que indica ausência de HFA. Além disso, não foi verificado efeito positivo da fauna do solo na decomposição. A dinâmica química dos detritos foliares evidenciou a imobilização de nitrogênio e acúmulo de lignina ao longo da decomposição, o que indica limitação na atividade microbiana por nitrogênio e baixa qualidade da serapilheira de Rustia formosa e Licania hoehnei. As variações nas concentrações de carbono, nitrogênio e fósforo influenciaram a dinâmica da decomposição ao longo do tempo. Esse estudo contribui para compreensão de como fatores importantes na decomposição interagem em ecossistemas tropicais, e aponta a importância da qualidade da serapilheira e disponibilidade de nutrientes no ambiente como direcionadores da decomposição. |