Como a coevolução em redes de mutualismo molda a aptidão e a persistência de espécies?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cosmo, Leandro Giacobelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-17112023-151936/
Resumo: Interações ecológicas positivas mutualismos - são uma das principais forças que sustentam os ecossistemas mais ricos da Terra. No entanto, entender como mutualismos sustentam a biodiversidade da Terra é desafiador por três motivos principais. Primeiro, na natureza, dezenas a milhares de espécies interagem formando redes mutualísticas. Em segundo, essas interações mutualísticas podem dar origem a pressões seletivas recíprocas entre as espécies envolvidas, resultando em mudanças evolutivas recíprocas i.e. coevolução. A coevolução é um processo chave que molda os atributos de espécies, os quais, por sua vez, mediam como mutualismos influenciam a principal medida biológica que determina a persistência das espécies: a aptidão média de seus indivíduos, i.e, a capacidade de sobrevivência e se reprodução dos indivíduos de uma espécie. Terceiro, os efeitos da coevolução na aptidão média e persistência das espécies podem se manifestar em diferentes escalas espaciais. Nesta tese, abordamos esses desafios para entendermos como a coevolução em redes mutualísticas molda a aptidão média e a persistência das espécies em diferentes escalas espaciais. Primeiro, mostramos que, em redes mutualísticas locais, os efeitos evolutivos diretos entre as espécies podem se propagar e influenciar indiretamente outras espécies na rede. Esses efeitos evolutivos indiretos dificultam a capacidade das espécies de se adaptar tanto aos seus parceiros mutualísticos quanto a outras fontes de pressões seletivas no ambiente, moldando a aptidão média das espécies. Em seguida, integramos a coevolução mutualística em escala local com a dinâmica de colonização e extinção de metacomunidades em uma escala regional. Nossos resultados mostram que a coevolução mutualística local pode homogeneizar os atributos das espécies através da paisagem, facilitando colonizações, expandindo a distribuição, e aumentando a persistência mesmo quando as espécies estão mal adaptadas ao ambiente abiótico local. Juntos, nossos resultados mostram que a coevolução em redes mutualísticas é uma grande força que molda o a aptidão média e a persistência das espécies através de diferentes escalas espaciais.