Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Marcos Aurélio Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9138/tde-08092016-125335/
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Resumo: |
O uso de plantas aromáticas ricas em óleos essenciais (OE) como agentes saneantes ou conservantes remonta às civilizações antigas. Nos dias atuais, o aumento nos surtos de infecções em hospitais e creches, bem como da resistência bacteriana, aumentou também a demanda por desinfetantes. Os OE\'s são reconhecidos por sua atividade antimicrobiana, mas a maioria dos estudos foi realizada na fase líquida. Buscando aproveitar a característica de alta volatilidade dos OE´s, desenvolvemos uma metodologia para a avaliação da atividade antimicrobiana na fase vapor. Nesse sentido, utilizamos o OE extraído de Hesperozygis myrtoides (St.Hil. ex Benth.) Epling (Lamiaceae), uma espécie nativa com ocorrência nos estados do sudeste do Brasil. A planta foi coletada em Campos do Jordão e o óleo teve um rendimento médio de 1,99% (m/m), sendo os componentes majoritários pulegona (48,8%) e isomentona (16,2%). A atividade antimicrobiana foi comparada na fase líquida, pelo método da microdiluição em placa, com a fase vapor, pelo método da placa invertida modificado. Os resultados indicaram uma atividade mais potente para a fase vapor do que na fase líquida. Staphylococcus aureus apresentou CIM de 0,392 mg. L-1 na fase vapor e 19 mg. L-1 na líquida, já para Candida albicans foi 0,833 mg. L-1 , na fase vapor e 94,4 mg. L-1 na fase líquida. Entretanto, para Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Bacilus subtillis e Aspergillus brasiliensis os valores da CIM, em ambas as fases, foram acima de 100 mg. L-1, sendo então considerado inativo. A atividade antimicrobiana na fase vapor é mais intensa devido aos OE´s se ligarem diretamente ao microrganismo sem a interferência do solvente. A toxicidade do OE foi avaliada frente a células tumorais humanas de mama (MCF-7) e próstata (CP-3) e em células de fibroblastos murinos normais (BALB/3T3) e indicaram uma DL50 superior a 2.014 mg.Kg-1, podendo ser considerado seguro. A atividade antimicrobiana associada à baixa toxicidade é um forte indicativo que este OE pode ser utilizado para descontaminação ambiental na fase vapor, inclusive em ambientes habitados. |