Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ximenes, Raphael |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-31072017-114959/
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Resumo: |
A Organização Mundial da Saúde estima que 3.9 bilhões de pessoas, em 128 países, vivem atualmente em áreas de risco para contrair dengue em todo o mundo, e que anualmente, 390 (284-528) milhões de infecções ocorrem, sendo apenas 96 (67-136) milhões de casos com manifestações clínicas. Estima-se que 500.000 casos de dengue hemorrágica aconteçam por ano, muitos deles em crianças, causando milhares de mortes (Bhatt et al., 2013; WHO, 2015a). A urbanização, a superpopulação, aglomeração, a pobreza, a infra-estrutura de saúde pública enfraquecida, além das mudanças demográficas globais, são fatores que interferem na incidência da dengue e contribuem para a perpetuação e o crescente número de casos da doença (Farmer, 1996; Guzmán and Kouri, 2002). Além destes fatores, as viagens internacionais também implicam no aumento da incidência da dengue, porque o viajante ajuda a introduzir novas estirpes de diferentes partes do mundo ao chegar doente em seu destino, ou ao voltar para casa portando a doença (Wilder-Smith and Schwartz, 2005). O Brasil sediou em 2014 a Copa do Mundo da FIFA e, em 2016, recebeu os Jogos Olímpicos de Verão, no Rio de Janeiro, dois dos maiores eventos esportivos da atualidade, e por isso esperava receber centenas de milhares de turistas em cada um dos eventos. Embora exista uma vacina contra a dengue, sua eficácia não é suficiente para a prevenção ampla, e a curto prazo, da população suscetível e, por estas razões, este trabalho pretende, através da modelagem matemática, estimar o risco de contágio de dengue para turistas não imunes no Brasil no período da Copa do Mundo da FIFA 2014, em cada uma das 12 cidades-sede do evento e também estimar o risco de contágio de dengue para turistas não imunes no Brasil no período dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Para a Copa do Mundo da FIFA, o risco obtido variou de 3,61x10-6 no melhor cenário a 8,33x10-4, no pior. Já para os Jogos Olímpicos, o pior risco individual obtido foi igual a 5.84x10-5 (IC 95%: 5.21x10-5 - 6.47x10-5) |