Soluções salina hipertônica intravenosa (7,5%) e eletrolítica oral no tratamento de bezerros com diarréia osmótica induzida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Leal, Marta Lizandra do Rêgo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-15042008-095950/
Resumo: Com o objetivo de validar um protocolo de indução de diarréia osmótica e avaliar comparativamente a eficácia de três diferentes tratamentos, foram utilizados 18 bezerros holandeses hígidos, com idade entre oito e 30 dias, e peso variando entre 37 e 50 Kg. A diarréia e a desidratação foram induzidas por via oral, através da administração de leite integral (16,5 ml/Kg), de quatro gramas de sacarose por quilo e de dois tipos de diuréticos (espirolactona e hidroclorotiazida, em dose de 2mg/Kg), a cada oito horas, por um período de 48 horas. Os bezerros foram distribuídos aleatoriamente por três grupos experimentais, cada um com seis animais, que receberam as seguintes soluções: solução salina hipertônica à 7,5% (SSH-4ml/kg IV), solução eletrolítica oral (SEI-60ml/kg) e a associação dessas duas soluções (SSH+SEI), sendo a SEI administrada por mais duas vezes com um intervalo de oito horas. O exame físico e as colheitas de sangue para determinações do hemograma, de dosagens hemogasométricas e de componentes bioquímicos séricos e plasmáticos foram realizadas nos seguintes momentos: 0h (antes da indução), 24 e 48 horas pós-indução(PI) de diarréia, e com 1, 3, 6, 12, 24, 48 e 72 horas pós-tratamento (PT).As amostras de fezes e urina foram colhidas às 0h, 24 e 48 horas PI, e 24, 48 e 72 horas PT. O protocolo de indução da diarréia obteve 100% de resposta produzindo diarréia aquosa e desidratação severa (equivalente a 13% do peso corpóreo) acompanhada de azotemia pré-renal, aumentos no volume globular, no teor de hemoglobina e na proteína total; hipercalemia; hiperlactemia; hiperfosfatemia; acidose metabólica; elevado déficit de volume plasmático; aumentos da densidade urinária, da concentração de uréia e creatinina urinárias e do lactato urinário e fecal; diminuições da pressão venosa central, do pH urinário e fecal. Os animais tratados com SSH+SEI diminuíram de forma rápida e substancial os valores do volume globular e do déficit de volume plasmático; aumentaram o pH sangüíneo e a pressão venosa central entre 1hPT e 3hPT, além de manterem as concentrações de glicose próximas aos valores basais durante todo o período de tratamento. A SEI também promoveu o restabelecimento das variáveis anteriormente citadas, porém de forma mais lenta quando comparada com o uso da SSH+SEI. Os animais tratados apenas com SSH exibiram, no monitoramento através de exames físico e laboratoriais, sinais de desidratação, de depressão clínica e de acidose metabólica ainda às 24hPT, indicando que o uso isolado dessa solução não é eficaz no tratamento da diarréia em bezerros neonatos.