Determinação da concentração expirada de isofluorano frente a estímulo nociceptivo supramáximo em mico-leão-da-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rassy, Fabrício Braga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-05052021-180319/
Resumo: As técnicas anestésicas têm papel importante na clínica de primatas devido à sua agilidade e/ou temperamento agressivo, necessitando rotineiramente de sedação ou anestesia para serem submetidos a procedimentos clínicos ou experimentais. São escassos os estudos com anestesia em primatas neotropicais e raras as citações envolvendo micos-leões, espécies listadas como ameaçadas de extinção e com programas de conservação tanto in situ quanto ex situ. O objetivo deste estudo foi determinar a concentração expirada de isofluorano frente a estímulo nociceptivo supramáximo em mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) e os efeitos do agente inalatório sobre os parâmetros fisiológicos estudados. Foram utilizados 17 animais, sendo que sete em um estudo piloto e 10 no protocolo experimental, machos ou fêmeas, adultos, com peso entre 545 e 762 gramas, clinicamente hígidos, mantidos na Fundação Parque Zoológico de São Paulo. A concentração expirada média de isofluorano foi determinada pelo método up-and- down, no qual os animais foram mantidos numa concentração expirada de isofluorano desejada para cada animal, durante 15 minutos, a fim de garantir o equilíbrio anestésico, e foram avaliadas a frequência e ritmo cardíacos, a frequência respiratória, a temperatura corpórea, a pressão arterial sistólica, a saturação da oxi- hemoglobina periférica e a concentração inspirada e expirada de dióxido de carbono nos momentos M5 (5 min) M10 (10 min) e M15 (15 min), sendo o M15 o momento que antecede o estímulo nociceptivo supramáximo. Em razão das respostas aos estímulos, os animais foram reagrupados em grupo positivo, formado pelos animais que apresentaram resposta positiva, e o grupo negativo por aqueles que apresentaram resposta negativa. Os dados paramétricos foram avaliados pelo teste T de Student e o teste de Análise de Variância (ANOVA) e os dados não paramétricos, pelo teste de Wilcoxon e teste de Friedman para comparação entre os momentos e grupos. Não foram encontradas diferenças significativas para nenhum parâmetro avaliado entre os momentos e grupos avaliados. Concluiu-se que a concentração expirada média de isofluorano em micos-leões-de-cara-dourada encontrada neste estudo foi de 1,25 V% e em relação aos parâmetros fisiológicos, o isofluorano desencadeou redução da frequência respiratória, diminuição da temperatura corporal e hipotensão arterial.