Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Caluz, Antonio Daniel Ricardo Engracia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96131/tde-20082018-144509/
|
Resumo: |
O fluxo escolar brasileiro representa um problema crônico para o caso do Ensino Médio do país. A literatura mostra que o retorno do investimento escolar é atrativo no país, tanto por apresentar uma taxa média alta, como pelo fato de que o adicional de salário devido aos níveis educacionais mais altos são maiores do que nos estágios iniciais da educação, i.e., o retorno educacional brasileiro aparenta ser crescente e convexo, diferente do que se apresenta na literatura internacional. A explicação usual para a evasão se dá através das restrições orçamentárias e de crédito enfrentadas pelas famílias que, sendo restritas no acesso ao crédito, poderia fazer com que o jovem saísse da escola precocemente, mesmo que o aluno esperasse um salário futuro maior. Somado a este retorno atrativo da educação, o país expandiu abruptamente os gastos educacionais. Porém, apesar da expansão, a escolaridade e as medidas de fluxo no país não reagiram proporcionalmente, despertando, assim, a atenção da literatura para explicação desse puzzle. A despeito destes fatos, a literatura internacional avançou no sentido de mostrar dois fatos que auxiliam na investigação dessa questão: em primeiro lugar, o retorno da educação pode variar entre indivíduos, ainda que a média seja alta. Por exemplo, indivíduos com maior aptidão podem ser os que se beneficiam mais de uma escolaridade maior, explicando o motivo de alguns abandonarem a escola. Em segundo lugar, a literatura avançou em mostrar que um fator importante na previsão de resultados escolares são habilidades não-cognitivas, como as habilidades socioemocionais. Portanto, este presente trabalho buscou explorar uma coleta de dados realizada em Sertãozinho - SP, em 2008, 2012 e 2017, em que estão disponíveis dados socioemocionais dos estudantes, além de dados demográficos e cognitivos, de estudantes que estavam no segundo ano do Ensino Fundamental em 2008, e em 2017 idealmente estariam no Ensino Médio, possibilitando investigar se existe uma associação entre características socioemocionais e o fluxo escolar. Os resultados indicam que tais fatores têm poder preditivo relevante na explicação do fluxo escolar brasileiro, medidos pela probabilidade de os indivíduos permanecerem estudando e pela probabilidade de se atingir o Ensino Médio em 2017, sendo que a Conscienciosidade e a Amabilidade do estudante aumentam a chance do aluno persistir estudando, enquanto que a Extroversão reduz essa probabilidade, em linha com algumas evidências da literatura. Os resultados trazem como contribuição uma evidência empírica inicial acerca da associação entre habilidades não-cognitivas e o fluxo escolar brasileiro. |