Mapeamento de genes de resistência a mancha de Phaeosphaeria em milho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Lopes, Maria Teresa Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20200111-154311/
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi estimar o modo de herança da resistência a mancha de Phaeosphaeria em milho através da análise de média de gerações e identificar locos de resistência quantitativa (QRL) por meio de marcadores moleculares. Uma análise de média de gerações foi realizada para duas populações descendentes dos cruzamentos entre duas linhagens resistentes (DAS72 e DAS95) com uma suscetível (DAS21). A avaliação foi realizada utilizando-se escala diagramática, 30 dias após o florescimento. As médias de severidade da doença dos genitores e das gerações F1, F2, RCP1 e RCP2 foram analisadas segundo o modelo de Mather e Jinks (1971). Os resultados evidenciaram a importância dos efeitos genéticos aditivos comparado aos dominantes em ambas populações. A variação genética média devida·a efeitos aditivos foi de 73% e 74% em cada população. A resistência à mancha de Phaeosphaeria apresentou-se ainda como uma característica de alta herdabilidade no sentido amplo (71% e 63%, respectivamente para as populações oriundas de DAS95 x DAS21 e DAS72 x DAS21) e oligogênia. O mapeamento de QRLs foi realizado com base na análise de 118 famílias F3, provenientes do cruzamento entre DAS95 x DAS21, avaliadas em duas épocas de semeadura com três repetições cada. A severidade da doença foi avaliada no florescimento, 15 e 30 dias após este. A partir das avaliações pontuais, calculou-se a AUDPC (área abaixo da curva de progresso da doença) para cada família. Análises de ligação entre marcadores e QRLs foram efetuadas por regressão linear múltipla (RLM) e por mapeamento por intervalo composto (MIC). A proporção da variação fenotípica em resistência devida a associação de QRLs com marcadores para avaliações pontuais e AUDPC dos dois experimentos e análise conjunta dos mesmos, variou de 33% a 45%, segundo a análise de RLM. Considerando as três avaliações individuais e a AUDPC, foram identificados 10 marcadores ligados a QRLs no primeiro experimento, 9 no segundo e 9 na análise conjunta, em seis cromossomos distintos. Um QRL foi identificado ligado a um marcador não alocado a nenhum cromossomo. Foram identificados QRLs que apresentaram interação com o ambiente, ressaltando a importância de avaliar populações em diferentes ambientes. Através do método do mapeamento por intervalo composto, foram mapeados QRLs em 10 intervalos, sendo 2 no cromossomo 1, 2 no cromossomo 2, 3 no cromossomo 4, 1 no cromossomo 5, 1 no cromossomo 6 e 1 no cromossomo 9. Foram identificados alelos de resistência em ambos os genitores, embora a maior contribuição para resistência tenha sido a do genitor resistente.