Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ferraz, Felipe Barbosa Galvão Azzem |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-08082022-092116/
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Resumo: |
Introdução: Doenças da Superfície Ocular (DSO) e as Doenças do Olho Seco (DOS) juntas são dos motivos mais frequentes de procura por tratamento ocular. Diversas causas para DSO e DOS incluindo influência climática e de poluentes sobre a SO. A SO é a região do corpo com maior sensibilidade táctil, térmica e a agentes químicos, podendo detectar mudanças no meio ambiente antes que outros órgãos, mesmo as alterações mais discretas. Objetivo: Nesse contexto, investigamos as reações populacionais a sintomas oculares em relação às variações climáticas e de agentes poluentes na região metropolitana de São Paulo - SP. Métodos: Para responder se há relação entre respostas comportamentais condizentes com DSO e DOS, usamos ferramentas que registraram dados ambientais da CETESB e de comportamentos populacionais no mesmo período, no estado de SP. Entre os anos de 2016 a 2020, a venda de colírios para aliviar sintomas causados pelo desconforto ocular, obtida através da empresa IQVIA, foi qualificada mês a mês no estado de SP. Estes dados foram correlacionados com parâmetros ambientais, de temperatura e umidade do ar, pressão atmosférica, ozônio, material particulado e particulado fino e com dados de buscas no Google dos termos coceira no olho, olho seco, olho vermelho e terçol, também limitados ao estado de SP. Resultados: Encontramos uma correlação moderada entre colírio descongestionante simpatomimético e maior temperatura (r=0,434, p = 0,0021) e maior incidência de raios UV (r=0,643, p<0,0001) e de maior concentração de ozônio (r=0,491, p=0,0004), e também de maior venda de lágrimas artificiais e lubrificantes e maior concentração de ozônio (r=0,452, p=0,0012). As pesquisas no Google para as palavras olho vermelho e terçol se correlacionaram positivamente com vendas de lubrificantes (r= 0,505 e p=0,0005 e r=0,599 e p<0,0001, respectivamente). Conclusões: Os resultados encontrados nessa pesquisa demonstram uma correlação entre indicadores de DSO e DOS com parâmetros ambientais, o que permite duas proposições: 1) os indicadores de desconforto ocular e manifestação de DOS e doenças da SO servem como parâmetros indiretos da qualidade ambiental de uma região ou ambiente; 2) as condições ambientais estão relacionadas com fatores de risco ou são desencadeantes de DOS e doenças da SO. Tais relações permitem orientações para a prevenção das DOS e doenças da SO e podem auxiliar no monitoramento dos parâmetros ambientais. |