Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Salamon, Rafael |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-05082020-180056/
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Resumo: |
Este trabalho tem o objetivo de explicar por que os leitores jesuítas e jansenistas do Espírito das leis de Montesquieu ficaram particularmente incomodados com a teoria dos climas do filósofo. Para responder a essa questão, a dissertação analisa uma série de livros científicos e de medicina da primeira metade do século XVIII. Os trabalhos dos médicos escoceses John Arbuthnot e George Cheyne, em especial, iluminam aspectos importantes do vocabulário científico de Montesquieu, tornando-o compreensível para o intérprete moderno e revelando as suas implicações políticas e teológicas. A versão cartesiana da filosofia mecânica da natureza, presente na obra de Montesquieu, poderia ser utilizada para explicar de maneira naturalista a mente e o comportamento dos seres humanos. Ao fazê-lo, ela desculparia ou relativizaria costumes moralmente reprovados pelos críticos eclesiásticos do Espírito das leis. Segundo esses críticos, a atribuição de causas físicas (como o clima) a certas práticas, notadamente o suicídio e a poligamia, colocaria em questão o livre-arbítrio. |