Avaliação da instabilidade genômica e estresse oxidativo em ratos Wistar expostos ao exopolissacarídeo lasiodiplodana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Mello, Michela Bianchi de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-28102021-104150/
Resumo: A lasiodiplodana é uma &beta;-(1&rarr;6)-glucana produzida pelo fungo Lasiodiplodia theobromae (MMPI). Algumas das atividades biológicas desse exopolissacarídeo foram relatadas, como sua ação hipoglicêmica, anticoagulante e antiproliferativa, entretanto, seus efeitos sobre a instabilidade cromossômica e modulação do estresse oxidativo ainda não foram demonstrados. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos genotóxicos, antigenotóxicos e a modulação do estresse oxidativo do exopolissacarídeo lasiodiplodana em ratos Wistar. Também foram avaliados a variação da massa corpórea, peso relativo dos órgãos e consumo de ração após tratamento com a lasiodiplodana. Ratos Wistar machos receberam água ou solução de lasiodiplodana por gavagem durante 14 dias consecutivos e foram divididos em 8 grupos: grupo controle negativo, em que os animais foram tratados com água; grupo lasiodiplodana, que foi tratado com três diferentes doses (5, 10 ou 20 mg/kg de massa corpórea) da &beta;-glucana associada ou não com o antitumoral doxorrubicina (DXR); e o grupo controle positivo que recebeu água via gavagem e ao 14º dia o antitumoral DXR intraperitoneal. Os resultados obtidos com o ensaio do cometa não demonstraram diferenças significativas (p<0,05) entre os grupos controle negativo e os grupos lasiodiplodana em todas as doses avaliadas. Quando a lasiodiplodana foi associada com a DXR houve diferença significativa (p>0,05) em comparação ao grupo DXR, sendo que as três doses testadas da lasiodiplodana foram capazes de reduzir a %DNA na cauda em células de fígado, rim, coração e sangue. O tratamento com a lasiodiplodana não aumentou significativamente a indução de micronúcleo (MN) e ainda foi eficaz na redução da frequência de MN em medula óssea e sangue periférico em todas as doses testadas. A lasiodiplodana foi capaz de reduzir a peroxidação lipídica em tecido cardíaco induzido pela DXR. A possível atividade antioxidante demonstrada pela lasiodiplodana pode ser a responsável pelo efeito positivo frente a danos à estrutura do DNA, caracterizado pelos efeitos antigenotóxico e antimutagênico observados. De acordo com os resultados obtidos neste estudo, podemos concluir que a lasiodiplodana não apresentou efeito genotóxico nem mutagênico e ainda apresentou efeitos protetores contra os danos induzidos no DNA.