Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Debora Natalia de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-18022022-115639/
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Resumo: |
Crianças com fissura de palato podem apresentar alterações de fala nos aspectos fonéticos e fonológicos. Para a avaliação das alterações fonológicas, em particular, faz-se necessário o uso de protocolos específicos. Autores norte-americanos elaboraram o protocolo Profiles of Early Expressive Phonological Skills (PEEPS), delineado para avaliar e comparar perfis de crianças em desenvolvimento entre os 18 e 36 meses de idade. O PEEPS foi adaptado para o Português Brasileiro (PEEPS:BP) por nosso grupo para avaliar as habilidades fonológicas de crianças com fissura de palato, como parte de um projeto internacional financiado pelo National Institutes of Health (NIH-USA). O presente estudo foi desenvolvido para comparar as habilidades fonológicas de crianças com e sem fissura labiopalatina, com idade entre 18 e 36 meses, utilizando o teste PEEPS:BP. Foram avaliadas, prospectivamente, 33 crianças com fissura palato ± lábio operada (F), 17 do gênero feminino, idade entre 18 e 35 meses (27±5m) e, 47 crianças controle, sem fissura de lábio e palato (C), 26 do gênero masculino, idade entre 18 e 36 meses (28±6m). Não foram incluídas crianças com evidências de síndrome, perda auditiva sensorioneural e falantes multilíngues, e, no caso do grupo C, crianças com alterações de fala. Todos foram submetidos ao teste PEEPS:BP, com gravação audiovisual, composto por 36 vocábulos, eliciados pela apresentação de brinquedos, contemplando ponto e modo articulatório de consoantes da língua portuguesa, assim como diferentes estruturas silábicas e os fonemas surdos e sonoros. Após aplicação do teste, foi realizada a transcrição fonética de todos os vocábulos por dois fonoaudiólogos com experiência na área. Para as discordâncias foi realizada análise por consenso. As transcrições foram tabuladas, sendo analisados os seguintes parâmetros: 1) número de consoantes produzidas no inventário fonético nas posições inicial e medial/final; acurácia, pela porcentagem de consoantes corretas (PCC) em cada modo articulatório (plosivas, fricativas, africativas, nasais e líquidas) e no total da produção das consoantes; 2) produção dos diferentes pontos articulatórios (labial, alveolar, velar e palatal); e 3) porcentagem de alterações de fala (omissão, substituições oral e nasal). A comparação dos grupos foi feita para um nível de significância de 5%. Observou-se que o grupo F apresentou indicadores sugestivos de prejuízo significativo da fala não observados no grupo C, exceto para as substituições orais. Os resultados mostraram que crianças com fissura de palato±lábio, operada, em idade precoce, apresentam déficit nas habilidades fonológicas, conforme demonstrado pelo uso do protocolo PEEPS:BP. Este estudo fornece a primeira comparação normativa. |