Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Maíra Carolina Polydoro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-28082019-145422/
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Resumo: |
Introdução - A integração ensino-serviço-comunidade (IESC) durante o processo formativo em saúde deriva das práticas realizadas por estudantes no interior dos hospitais, voltadas à aquisição de conhecimentos procedimentais. Recentemente, a inclusão dos estudantes na rede de serviços de saúde, em ambientes extra-hospitalares, esteve relacionada à inclusão dos aspectos humanistas e sociais nos currículos e à adoção da integralidade durante a formação superior. A aproximação entre os mundos do ensino e do trabalho abarca uma complexidade decorrente de seus diversos atores, mas também das transformações ocorridas no ensino superior, na concepção sobre o processo saúde-doença, na institucionalização crescente do trabalho em saúde e, consequentemente, na gestão dos serviços enquanto organizações. Aos gestores municipais incumbem o engendramento da integração ensino-serviço-comunidade e o enfrentamento do modelo biomédico vigente nas escolas e nas práticas profissionais, com vistas à qualificação do trabalho, da formação e da atenção à saúde. Objetivo - Conhecer e compreender os dispositivos e arranjos da gestão municipal para a integração ensino-serviço-comunidade e suas conexões com a formação em saúde no SUS. Método - Investigação qualitativa do tipo estudo de caso, que busca descrever, analisar o contexto, as relações e as percepções a respeito da integração ensino-serviço-comunidade sob a perspectiva da gestão municipal. A base empírica foi constituída por 19 entrevistas semiestruturadas com gestores estaduais/regionais, gestores municipais, gestores locais, preceptores e docentes de dois municípios da região do Grande ABC/SP, e por análise documental. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo. Resultados e discussão - Cinco categorias analíticas emergiram dos dados produzidos: o lugar da IESC na gestão municipal, os pactos interorganizacionais, os cenários de prática, os preceptores e as atividades nos cenários de prática. Dentre as conquistas nesta área, estão a diversificação dos cenários de ensino-aprendizagem, a ampliação do escopo de ações oferecidas nas unidades de saúde pela presença dos estudantes, e a retomada dos estudos pelos trabalhadores que exercem a preceptoria. As iniciativas de integração ensino-serviço-comunidade ainda revelam relações assimétricas entre instituições de ensino e sistema de saúde, com maior interferência do primeiro sobre o segundo, com pouca participação dos alunos e da população na definição das parcerias e na pactuação das ações. Os responsáveis pela Educação Permanente em Saúde devem também participar da gestão da integração ensino-serviço-comunidade nos municípios, para que se possa pensar em uma proposta mais global que vise realizar simultaneamente convênios que envolvam EPS e IESC. Ainda, mecanismos de gestão colegiada e compartilhada, de múltiplas vias entre a gestão municipal e a atenção à saúde são facilitadores ao sucesso da IESC. No entanto, faltam políticas que assumam que o SUS é escola de forma contundente, com adequada legislação e financiamento que possibilitem as condições para a melhoria da formação, da gestão, da atenção e do controle social. |