Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Daneluci, Rebeca de Cássia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-27092016-145132/
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Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivo conhecer de que modo as instituições públicas de saúde possibilitam às mulheres fazerem escolhas relacionadas à gestação e, principalmente, aos procedimentos ligados ao parto. Para tanto, realizamos levantamento bibliográfico e de documentos governamentais sobre gravidez e parto; realizamos visitas em um hospital-escola-maternidade, no período de nove meses, onde pudemos observar a rotina, realizar entrevistas, coordenar grupos, conhecer o espaço físico e o funcionamento de regras específicas dessa instituição Para fundamentar nossa investigação buscamos suporte na Psicologia Social, postulada por Enrique Pichon-Rivière a partir da leitura de José Bleger, e no campo da Saúde Coletiva. Constatamos que parte significativa das reivindicações iniciadas a partir de 1980, para um olhar voltado à saúde integral da mulher e à humanização do parto, foram contempladas, principalmente no que se refere aos aspectos legislativos. Contudo, tendo em vista a dinâmica do processo histórico, as reivindicações, ao serem efetivadas na prática, fomentaram novas questões. Uma delas é a de uma aparente burocratização e redução do que se entendia do conceito de humanização, pois em muitas situações esse ficava restrito à forma e ao momento do nascimento, colocando como sinônimos: parto normal e parto humanizado. Além disso, as mulheres não participavam diretamente na escolha de tais procedimentos. Tais decisões eram institucionais e tomadas a partir do que o corpo dela manifestasse. Desse modo, se é a assistência quem define as ações, parece que o lugar da mulher nesta relação é deslocado para o de objeto, e aí sim, o termo humanização, no sentido de relações entre humanos, precisaria ser efetivado, evitando o reducionismo referido acima. Se assim fosse praticado, as mulheres poderiam entrar na relação como capazes de fazer escolhas. Disso, temos como aposta que, para trabalhar com humanização, é importante considerar: 1) a amplitude do processo gestacional, 2) a imprevisibilidade do sujeito e, 3) flexibilização dos protocolos; senão, além, da violência obstétrica, poderíamos pensar na violência pseudo humanizada, ou seja, a tentativa de cumprir de forma enrijecida o que está no papel, se distanciando das contextualizações e marginalizando quem não esta de acordo com o já esperado |