Um estudo da temporalidade nos romances: O amanuense Belmiro e Para sempre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Reggiani, Maristela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-27112009-153436/
Resumo: O objetivo deste trabalho é, à luz da Literatura Comparada, tecer uma rede de vínculos entre os romances O Amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, e Para Sempre, de Vergílio Ferreira, para cotejá-los, realçando suas semelhanças e dessemelhanças, e, conseqüentemente, compreendê-los melhor. Para isso, após breves considerações sobre determinados conceitos relativos à composição do romance, como enunciado e enunciação, narrador e narratário, o foco narrativo, o espaço e a personagem, centralizamos a discussão no conceito de tempo distinguindo três noções: tempo físico, tempo interior e tempo lingüístico, com destaque para as duas últimas e o utilizamos como eixo no estudo das obras, na intenção de verificar como os narradores-personagens vêem seu passado e vivem seu presente. No que tange ao tempo lingüístico, privilegiamos o estudo do uso dos verbos, dentre outras palavras temporais, a fim de verificarmos os efeitos de sentido nas escolhas dos dois autores; quanto ao tempo interior, que não é marcado pelo relógio, mas pela intensidade com que as personagens vivem diferentes momentos, enfatizamos o estudo da relação das personagens com o passado. Também, em virtude da clara diferença entre os tipos de romance analisados, destinamos considerável parte do trabalho ao estudo do gênero narrativo.