O papel dos receptores TAM e seu ligante, GAS6, durante a infecção por Zika vírus em camundongos SJL e C57BL/6

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Lilian Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
TAM
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-16122019-160906/
Resumo: O Zika vírus (ZIKV) emergiu como problema de saúde mundial e ainda demanda esforços da comunidade científica para o entendimento dos mecanismos moleculares envolvidos em sua infecção na célula hospedeira. O ZIKV faz parte do gênero dos Flavivirus, como o vírus da Dengue, cujo mecanismo de invasão celular é descrito na literatura. Neste, é evidenciado o envolvimento de receptores de membrana da família TAM, como Tyro3, Axl, e Mer, assim como de seus ligantes solúveis, Gas6 e Proteína S num fenômeno chamado de mimetismo apoptótico. Nesse mecanismo a fosfatidilserina presente no envelope viral interage com os receptores TAM e, assim, resulta na internalização da partícula. Estudos conduzidos pelo nosso grupo demonstram uma possível relação entre a expressão aumentada dos receptores TAM e a infecção por ZIKV, bem como a suscetibilidade da linhagem de camundongos SJL à infecção. Entretanto, os mecanismos moleculares dependentes de receptores TAM na infecção por ZIKV ainda não são compreendidos por completo. Objetivo. Avaliar a relevância dos receptores TAM na infecção por ZIKV em modelos experimentais in vitro e in vivo. Resultados e Discussão. Observamos que animais SJL, susceptíveis, possuem níveis de expressão de Tyro3, Axl e Gas6 elevados em comparação aos C57BL/6, resistentes. Neste contexto, demonstramos que a combinação ZIKV&#43 rmGas6 leva ao aumento da carga viral no baço e no soro de SJL e C57BL/6. Contudo, o tratamento dos animais com bloqueador da função quinase de Axl, R428, não reduziu a quantidade de partículas virais. Interessantemente, verificamos que a infecção de prenhes C57BL/6 com ZIKV&#43rmGas6 permitiu o aparecimento de alterações fenotípicas nos fetos, o que não foi observado no controle com ZIKV puro. Os experimentos in vitro utilizando células dendríticas e macrófagos não apresentaram diferenças na replicação viral ou na liberação de Gas6 após a infecção, mesmo com a utilização de células nocaute. Conclusão. Em suma, nossos dados corroboram com a literatura em dois pontos distintos. O primeiro deles na dispensabilidade dos TAM para infecção in vitro de células imunocompetentes. O segundo, evidencia o papel dos receptores dependente da presença de Gas6 e na sindrome congênita.