Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1966 |
Autor(a) principal: |
Cunha Filho, Lamartine Antonio da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20240522-110342/
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Resumo: |
O presente trabalho se constitui na utilização do método de Mahalanohis com o fim de se verificar a sua eficiência no tocante ao estudo da evolução das espécies do subgênero Cyrtolaelia (Orchidaceae). Foram utilizadas 12 espécies e mais um grupo ainda não descrito, tendo sido empregados na análise, 14 caracteres florais e 4 vegetativos. Preliminarmente, foi feita uma observação morfológica das amostras de tôdas as espécies, com o fim de reunir-se as mesmas em grupos, embora de um modo inteiramente subjetivo. Para permitir as decisões a respeito da indicação do emprêgo dos 18 caracteres tomados, na análise multidimensional, foi feita uma análise da variância de acordo com o modêlo dos experimentos inteiramente casualizados e aplicado o teste F. Para facilitar as interpretações dos resultados da análise multidimensional, foi aplicado o teste de Tukey para os contrastes que mais indicavam conclusão pela não significância. De acôrdo com os valores D obtidos pelo método de Mahalanobis, as espécies foram distribuídas nos seguintes grupos: 1º grupo: Laelia cinnabarina; 2º grupo: Laelia harpophylla; 3º grupo: Laelia mixta; 4º grupo: Laelia sp. (Vieira Machado) ; 5º grupo: Laelia milleri e Laelia flava; 6º grupo: Laelia caulescens e Laelia crispilabia; 7º grupo: Laelia ostermayerii e Laelia esalgueana; 8º grupo: Laelia briegeri, Laelia longipes e Laelia rupestris. Dêsses agrupamentos, foi concluído que os resultados obtidos por êsse método estatístico, correspondem, em linhas gerais, aos resultados obtidos pelo método subjetivo utilizado por outros autores no estudo do grupo. Para a apreciação das hipóteses referentes às hibridações, foi ideada uma estimativa chamada índice de distância morfológicas, que corresponde ao quociente entre a soma das distâncias morfológicas D1 e D2, entre a espécie considerada híbrida e seus supostos pais e a distância morfológica D3 entre esses pais. Foi estabelecido que um valor próximo de 1 para esse índice, confirma a hipótese e que um valor muito superior a 1 para êsse índice, não confirma nem contesta a hipótese. Concluiu-se ser igual a 1 o valor do limite inferior para esse índice mas não se pôde determinar o seu limite superior ainda indicativo de possibilidade de hibridação. Ficou também estabelecido que a forma do triângulo constituído pelas distâncias morfológicas entre três espécies implicadas num processo de hibridação, indica a ocorrência ou não de retrocruzamentos durante o processo evolutivo da espécie híbrida. Quando essa forma se aproxima da do triângulo isósceles, deve-se concluir pela não ocorrência de retrocruzamentos. Quando essa forma se aproxima da do triângulo escaleno, deve-se concluir pela ocorrência de retrocruzamentos com a espécie relacionada com o lado menor do triângulo. Finalmente, foi indicado testar-se, experimentalmente, a eficiência dêsse Índice para se verificar se, em certos casos, poderia ser empregado para contestar hipóteses de hibridações. |