A fala privada no processo de ensino-aprendizagem da língua inglesa para crianças entre quatro e cinco anos em uma escola internacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Ana Paula Loures dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
LEC
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-24112016-125246/
Resumo: A fala privada, de acordo com Wertsch (1980), é definida como um diálogo que o indivíduo promove consigo mesmo e sua função recai na necessidade da autorregulação, autodirecionamento e autorreflexão. Os estudos sobre fala privada de crianças e adultos foram pesquisados por McCafferty (1994), Berk & Spuhl (1995), Fernyhough & Russell (1997), Krafft & Berk (1998), Winsler, Carlton, Barry (2000), Manfra & Winsler (2006), Smith (2007), Day & Smith (2013), entre outros. Entretanto, o estudo da fala privada não foi investigado pelas pesquisas de Língua Estrangeira para Crianças (LEC) no Brasil. Dessa forma, essa pesquisa de mestrado se insere na lacuna existente na falta de estudos sobre a fala privada como uma importante ferramenta cognitiva no processo de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa (LI). Nos estudos do LEC e de ensino-aprendizagem de língua estrangeira em geral, a língua é considerada somente uma fonte de comunicação. O propósito desse estudo foi verificar como a fala privada ocorre, quais suas funções e frequência. Para tanto, nove crianças entre quatro e cinco anos de diferentes nacionalidades e línguas maternas em uma escola internacional foram gravadas durante as atividades de Circle Time e Phonics. De acordo com os dados coletados, na análise quantitativa, cada fala foi classificada em fala privada ou fala social com o propósito de descobrir qual criança produziu mais fala privada. Na análise qualitativa havia a necessidade de considerar o ambiente social da crianças para descrever quando a fala privada ocorreu, sua função e frequência. Por exemplo, existem crianças que são expostas a três ou mais línguas estrangeiras ao mesmo tempo em casa e na escola, algumas somente falam em inglês na escola e português em casa e outras falam inglês e português na escola e em casa. Os resultados mostraram que a fala privada foi importante na promoção da autorregulação durante o processo de ensino-aprendizagem das crianças analisadas. Ela desempenhou um papel importante no engajamento das crianças quando estavam aprendendo os sons e as palavras na língua inglesa. Além disso, a fala privada demonstrou uma participação efetiva das crianças durante as atividades mesmo aparentemente não sendo ouvidas pelo professor.