Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Aline Teixeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-12012022-155230/
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Resumo: |
O câncer cervical necessita da infecção prévia por um agente sexualmente transmissível, o Papilomavírus Humano (HPV). Entretanto, somente a infecção viral não é suficiente para o desenvolvimento das neoplasias. As atividades pró-inflamatórias caudadas pelas infecções por outros micro-organismos têm sido apontadas como cofatores neste contexto. O objetivo deste estudo foi verificar a associação da infecção por M. genitalium, M. hominis, U. urealyticum e U. parvum com modulações na proliferação, viabilidade e resposta inflamatória de células SiHa, HeLa e PHK. Padronizou-se o inóculo (Unidades Formadoras de Colônia-UFC) dos micro-organismos para as infecções celulares, realizou-se curvas de crescimento e ensaio clonogênico para as quatro espécies bacterianas. M. hominis causou maior interferência na proliferação das células. Assim, este estudo priorizou esta espécie para os ensaios posteriores. Foi verificada morte celular pelo aumento da população celular na fase Sub-G0/G1 do ciclo celular logo após 6 horas de infecção para as três linhagens celulares, mas em 48 horas de infecção apenas para PHK e HeLa. Em relação às fases G1, S e G2 entre as células SiHa, não houve praticamente interferência durante a infecção. Contudo, a célula HeLa apresentou diminuição da população celular nas fases G1 e G2 e aumento do número de células na fase S após 48 horas de infecção. As células PHK apresentaram alterações nas fases do ciclo após 6 e 48 h de infecção, principalmente entre as fases S e G2. Foram observadas alterações na expressão de proteínas pró e anti-apoptóticas em SiHa, HeLa e PHK. Incluem-se alterações na expressão dos oncogenes E6 e E7 de HPV 16 e HPV 18 em SiHa e HeLa, respectivamente. Detectou-se também com M. hominis a modulação da expressão de genes relacionados à via de Toll-like, bem como às vias de dano ao DNA nas três linhagens celulares e alterações na liberação de citocinas, como IL1-B, IL-6, IL-18, TNF-α, IFN-γ e GM-CSF. Desta maneira conclui-se que M. hominis possui a capacidade de causar danos à célula, bem como alterar a modulação celular em resposta à infecção. Estes resultados contribuem para o melhor entendimento do papel dos Mollicutes nas infecções e as consequências da sua participação junto com o HPV no desenvolvimento das lesões cervicais. |