Relações alimentares de peixes da Enseada do Araçá (SP), Sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Arantes, Lidia Paes Leme
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21134/tde-11122014-104610/
Resumo: Estudo da alimentação de 23 espécies de peixes da Enseada do Araçá (São Sebastião, Estado de São Paulo) foi desenvolvido com a finalidade de detectar variações intra e interespecíficas. Foi baseado na análise de conteúdos estomacais, utilizando-se o índice de importância relativa dos itens alimentares. Análises multivariadas foram realizadas por meio do índice de dissimilaridade de Bray-Curtis, UPGMA, nMDS e PCA. Das principais espécies estudadas, Caranx latus, Cynoscion jamaicensis, Synodus foetens e Trichiurus lepturus foram classificadas como piscívoras e sua dieta não variou sazonalmente; Diplectrum formosum, Diplectrum radiale, Gymnothorax ocellatus e Lutjanus synagris foram classificadas como piscívoras/bentófagas e houve alguma variação temporal em suas dietas. Prionotus punctatus é carcinófaga e apresentou pequena variação sazonal na dieta; Orthopristis ruber e Pomadasys corvinaeformis são bentófagas e apresentaram um amplo espectro de itens alimentares. A dieta de ambas variou significantemente entre verão e inverno. Diapterus rhombeus é também bentófaga, alimentou-se principalmente de Polychaeta e apresentou alguma variação sazonal na dieta. Foi identificado que os peixes se utilizam, em alguma proporção, de alimentos disponíveis na Enseada do Araçá, por vezes alterando sua dieta de acordo com a disponibilidade de presas no local. Diferentes grupos tróficos foram identificados, evidenciando o compartilhamento de mesmos itens e também a partilha de alimentos, possivelmente decorrente da coevolução das espécies, das presas e do ambiente.