Modernidade, tradição e caráter nacional na obra de Alberto da Veiga Guignard

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Palhares, Taisa Helena Pascale
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-09092011-131338/
Resumo: A presente tese tem como objetivo analisar as relações entre linguagem moderna, tradição, caráter nacional e lirismo na obra do artista plástico Alberto da Veiga Guignard (1896-1962). Ela visa compreender como se constrói, a partir do aprofundamento de suas fontes e influências, o espaço singular de seus trabalhos. Este se caracteriza, sobretudo, por sua espacialidade ambígua, no limiar entre a profundidade ilusionista da arte tradicional e a planaridade da pintura moderna, constituindo-se como uma das características decisivas de sua produção. Nossa abordagem não propõe um percurso cronológico, ao contrário, procura explicitar como, ao longo de sua carreira, diversos elementos estéticos são reiterados até atingirem um alto poder de síntese em paisagens realizadas do início dos anos 1950 até o final de sua vida. Em primeiro lugar, analisamos como se deu a recepção crítica inicial da obra de Guignard, ainda marcada por uma leitura de viés nacionalista, para destacar suas características decisivas, independentes de sua temática. Em seguida, retornamos a seu período de formação na Europa a fim de elucidar a relação com a produção artística da época. Examinamos também como sua poética dialoga com questões importantes do meio artístico brasileiro das décadas de 1930 e 1940 como, por exemplo, a revalorização da visualidade popular. A nosso ver, suas paisagens respondem de maneira dialética à dinâmica particular do modernismo no Brasil, estabelecendo-se como um momento privilegiado para sua compreensão.