Ser docente universitário em tempos digitais: (trans)formar é preciso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Medeiros, Rosangela de Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-30092020-155616/
Resumo: Esta investigação tem como objetivo analisar as opiniões de professores universitários para refletir sobre suas atuações docentes no contexto da cultura digital e, assim, identificar os processos e elementos formativos que os prepararam para essa docência. É uma pesquisa qualitativa, inspirada nas etapas da Teoria Fundamentada em Dados (TFD), na vertente Construtivista proposta por Charmaz (2009); e, para análise das opiniões, foram realizadas entrevistas com 11 docentes de ensino superior de diversas instituições, públicas e privadas. A análise dos dados obtidos permitiu averiguar que o contexto digital impõe desafios a esses professores em suas relações com o saber. Tal contexto exige a recriação das ações como docentes e dos relacionamentos com os alunos. Os entrevistados indicaram que seus caminhos de formação para a docência são resultantes da mixagem entre os conhecimentos teóricos de suas áreas de origem obtidos a partir da graduação , o interesse pelas tecnologias digitais e a convergência de ambos para a construção de novos modos de ensinar. Sobre a formação, para atuar em face da cultura permeada pela lógica do digital, eles apontaram três realidades formativas: a) a ausência de formação pedagógica para o docente universitário; b) a ocorrência de atividades formativas voltadas para o aspecto instrumental das tecnologias digitais; e, c) processos formativos continuados, organizados por iniciativa institucional para uso das tecnologias digitais. Além dessas realidades, foram identificados outros processos e mecanismos formativos: a (trans)formação pela própria atuação como docente; o engajamento; e, a participação em grupos de pesquisa. Nos depoimentos coletados, destaca-se ainda que, embora o Doutorado tenha sido etapa importante no desenvolvimento profissional do grupo investigado, a ausência de percepção dos docentes em relação às suas atuações como formadores na pós-graduação indica que essa etapa não foi reconhecida como mecanismo de (trans)formação para a docência universitária em tempos digitais.