Sustentabilidade da produção: uso de subprodutos agroindustriais na produção de pequenos ruminantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bizzuti, Beatriz Elisa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-07022020-172335/
Resumo: A preocupação com a segurança alimentar, juntamente com o crescimento populacional e as mudanças climáticas, tem pressionado a cadeia de produção de ruminantes a buscar fontes alternativas de alimentação, qual não tenha competição entre alimento por animal/humano e que mitigue as emissões de metano entérico, um dos gases causador de efeito estufa. Os subprodutos agroindustriais são fonte de biomassa, normalmente inapta ao consumo, advinda do processamento de alimentos, e estes possuem potencial para a utilização na nutrição de ruminantes. Dessa forma, o objetivo foi avaliar o potencial nutricional de alguns subprodutos agroindustriais e seus efeitos sobre a fermentação ruminal, digestibilidade dos nutrientes e desempenho dos animais. O estudo foi dividido em dois ensaios, o primeiro realizado in vitro, utilizando a técnica de produção de gases e degradabilidade, em que foi avaliado a degradabilidade ruminal e os produtos da fermentação dos subprodutos bagaço de cana-de-açucar (BC), bagaço de laranja (BL), bagaço de mandioca (BM), casca de amendoim (CA), casca de soja (CS), palhada de cana (PC), palhada de feijão (PF), palhada de milho (PM) e resíduo de feijão (RF), além de duas dietas experimentais contento subprodutos (RF e CS) em substituição parcial do milho triturado (MT) e/ou farelo de soja (FS) e uma dieta controle (DC) composta por MT e FS (70:30); o segundo ensaio foi realizado in vivo e foi avaliado o desempenho animal, a digestibilidade dos nutrientes, o crescimento microbiano e as emissões de metano entérico da dieta controle (DC) e dieta teste (DT) composta por RF e CS, ambas na proporção de 60% de volumoso (Feno de Tifton 85) e 40% de concentrado (DC ou DT). Utilizou-se 16 animais com aproximadamente 15 ± 2,9 Kg de peso vivo, sendo 8 fêmeas e 8 machos agrupados aleatoriamente em cada tratamento. Os subprodutos testados apresentaram performance diferentes entre si, podendo ser agrupados em três potenciais grupos: fibroso, energético ou proteico. As dietas experimentais testadas, tanto no primeiro ensaio como no segundo, apresentaram performance similar à da dieta controle a base milho e farelo de soja. Conclui-se que é possível a formulação de dietas com os subprodutos agroindustriais testados, sem interferir na produtividade animal e na qualidade nutricional da dieta fornecida