Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Meyer, Alberto Luiz Monteiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5154/tde-09112009-142811/
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Resumo: |
A proctocolectomia total com anastomose de reservatório ileal ao canal anal revolucionou a terapêutica cirúrgica da RCU tornando-se a operação de escolha, principalmente no adulto jovem, pois promove a retirada de toda a doença e permite a conservação esfincteriana. Após cerca de duas décadas de experiência com esta operação, cujos trabalhos iniciais preocupavam-se, sobretudo, com sua técnica e complicações, as atenções concentram-se atualmente no estudo da qualidade de vida de doentes submetidos à proctocolectomia com anastomose de reservatório ileal ao canal anal avaliando parâmetros sistêmicos, emocionais e sociais que possam interferir no cotidiano desses doentes. Para estudar a qualidade de vida após a operação, utiliza-se o Questionário de Doenças Inflamatórias Intestinais (IBDQ), pois apresenta boa reprodutibilidade, reflete as alterações importantes que ocorrem no estado de saúde dos doentes com Doença Inflamatória Intestinal, podendo ser plenamente utilizado para averiguação do impacto, eficácia e eficiência de medidas terapêuticas e, além disso, foi recentemente traduzido e validado para a língua portuguesa. Não conhecemos estudos nacionais (base de dados PUBMED) que avaliem a qualidade de vida destes doentes, operados há mais de dez anos. Por esta razão, decidimos empreender o atual estudo, empregando a mesma metodologia utilizada em dissertação de mestrado apresentada e aprovada no Departamento de Gastroenterologia da FMUSP e publicado posteriormente, agora com o IBDQ devidamente validado para o Brasil. O estudo é formado por 36 doentes portadores de retocolite ulcerativa (RCU) submetidos à proctocolectomia com conservação esfincteriana e anastomose de bolsa ileal em J ao canal anal operados há mais de 10 anos. Os doentes foram atendidos no Ambulatório do Serviço de Cirurgia do Cólon e Reto da Divisão de Clínica Cirúrgica II do HCFMUSP a partir de 1985. Após aplicação do IBDQ, verificou-se que a qualidade de vida foi excelente em nove doentes (25%), boa em 11 (30,6%), regular em 13 (%36,1) e má em três (8,3%). Comparando a classificação do IBDQ com o sexo notou-se um predomínio de bons resultados no sexo masculino em detrimento do feminino. Ao compararmos a classificação com a idade percebeu-se que os maus resultados tiveram maior associação com idade avançada. Houve diferença de qualidade de vida quando comparamos os domínios, sendo que os sintomas intestinais comparados aos sistêmicos e sistêmicos aos aspectos sociais apresentaram diferença significante. No domínio sintomas intestinais encontrou-se menor pontuação para diarréia e maior para sangramento retal. Ao analisarmos as questões do domínio sintomas sistêmicos, notou-se que uma adequada noite de sono, sem ter que acordar devido ao problema intestinal, foi a que obteve a menor pontuação, inclusive a menor em todo o IBDQ. Por outro lado, disposição física obteve a maior pontuação. No domínio aspectos sociais, lugares sem banheiro e compromisso social obtiveram, respectivamente, a menor e maior pontuação. Finalmente, no domínio aspecto emocional, irritado e satisfeito e agradecido com sua vida pessoal obteve, respectivamente, a menor e maior pontuação. Além disso, esta última questão obteve a maior pontuação em todo o questionário. Em nosso estudo pudemos determinar qualidade de vida adequada e satisfatória após 10 anos, similar a encontrada na literatura; 85% dos doentes estavam satisfeitos e agradecidos com a operação realizada. A qualidade de vida excelente ou boa em 55,6% dos doentes foi menor do que anteriormente encontrado na FMUSP, o que talvez possa ser explicado pela expectativa pessoal almejada individualmente, inadequado esclarecimento sobre expectativas excessivamente otimistas e permanência ou incremento da dependência medicamentosa anteriormente utilizada. Neste estudo, verificou-se que os domínios intestinal e social foram, possivelmente, os que mais influenciaram os resultados no questionário de qualidade de vida. Além disso, o domínio sistêmico foi o que apresentou menor peso na pontuação final do IBDQ em ambos os estudos. O elevado índice de satisfação obtido com esses resultados demonstra que a bolsa ileal permanece como operação adequada e com resultados aceitáveis, inclusive demonstrado pela questão que apresentou maior pontuação no IBDQ. Conclui-se, portanto, que a possibilidade de conservação esfincteriana deve ser sempre aventada, visto que os doentes permanecem clinicamente estáveis e com elevada qualidade de vida mesmo após longos períodos |