Determinação entrópica do preço racional da opção européia simples ordinária sobre ação e bond: uma aplicação da teoria da informação em finanças em condição de incerteza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Siqueira, José de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-08032005-004652/
Resumo: Esta tese promove uma integração entre Finanças e Teoria de Informação para criação de um ambiente alternativo para a determinação do preço racional da opção européia simples ordinária sobre ação e ativo de renda fixa (bond). Uma das características deste novo ambiente de determinação de preço racional é poder continuar utilizando o cálculo newtoniano em vez do estocástico. Cria uma notação matemática precisa e completa para a Teoria da Informação e a integra com a teoria de Finanças em condições de incerteza. Integra as abordagens entrópicas de determinação do preço racional da opção européia simples ordinária de Gulko (1998 e 1998a) e de Yang (1997). Define precisamente o mundo com preço da incerteza neutralizado (risk-neutral world), o mundo martingale, o mundo informacionalmente eficiente e o mundo entrópico e suas implicações para a Ciência do Investimento e, mais especificamente, para a determinação do preço racional de ativos básicos e derivativos. Demonstra detalhadamente a fórmula do preço racional da opção européia simples ordinária de Black-Scholes-Merton, melhorando a notação matemática, simplificando (eliminando a abordagem martingale) e complementando a demonstração feita por Baxter & Rennie (1998). Interrompe uma sucessão de trabalhos que estabelecem uma forma equivocada de calcular o preço da opção européia simples ordinária. Esse erro teve sua origem, muito provavelmente, numa edição de Brealey & Myers, que equivocadamente utilizou um resultado de Cox & Rubinstein (1985); esse resultado facilitava o cálculo do preço racional da opção européia simples ordinária por meio de uma tabela que evita o uso direto da fórmula de Black-Scholes-Merton. Brealey & Myers (desde a quarta edição de 1991), Luehrman (nos seus dois artigos da HBR de 1998 e um caso de 1995 pela HBS) e Edleson (caso publicado em 1994 pela HBS) ensinam que o valor percentual encontrado nessa tabela deve ser multiplicado pelo preço do valor mobiliário, quando deveria ser multiplicado pelo valor presente do preço de exercício. Os resultados mais importantes desta tese para Finanças são: (i) desenvolvimento de um método alternativo, robusto e parcimonioso, baseado no princípio da máxima entropia da Teoria da Informação e do Sistema de Distribuições de Pearson para obtenção de uma única medida de probabilidade neutralizadora do preço da incerteza (risk-neutral probability), (ii) obtenção de fórmula prática para a determinação do preço racional da opção européia simples ordinária para ação, (iii) validação da fórmula de Black-Scholes-Merton para ação, (iv) obtenção de uma fórmula adequada para a determinação do preço racional da opção européia simples ordinária sobre um título de renda fixa (bond), (v) estimação da volatilidade implícita entrópica do preço do valor mobiliário e (vi) definição e estimação do valor em risco (value at risk) entrópico. Há ainda dois resultados importantes para a Teoria da Informação e Economia: (i) distinção mais precisa entre incerteza e risco e (ii) desenvolvimento da medida de ganho informacional da previsão aprimorando o resultado de Theil (1967) e Benish (1999) pela utilização do conceito de divergência de Kullback-Leibler.