Análise quantitativa da biomassa florestal de rápido crescimento, do estado de Goiás, especificamente para o atendimento do setor de secagem e armazenamento de grãos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1988
Autor(a) principal: Pereira, Ricardo da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20231122-100808/
Resumo: O trabalho desenvolvido procurou, dentro da disponibilidade de dados, avaliar a possibilidade dos estabelecimentos de secagem e armazenamento de grãos terem, como sucedâneo ao consumo de lenha exclusivo do cerrado, a biomassa presente dos reflorestamentos implantados no Estado de Goiás. A determinação da área total envolvida com reflorestamentos, consumo de lenha pelos estabelecimentos de secagem e armazenamento de grãos, oferta potencial de biomassa, proveniente de Eucalyptus spp., foram levantados na Delegacia Estadual do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, IBDF (DE-GO) . Para agrupamento dos dados e conclusões utilizou-se a caracterização adotada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, através de mesorregiões e microrregiões homogêneas, o que demonstrou que: O desenvolvimento da atividade florestal no Estado de Goiás nao é marcante. Do período em análise, 1967 a 1982, destaca-se a ampliação das áreas plantadas nos anos de 1978, 1979, 1980 e 1982. Entretanto, a política de incentivos fiscais que teve a pretensão de gerar uma oferta de biomassa, pelos dados e resultados analisados não logrou êxito no Estado, principalmente pela falta de destinação dos empreendimentos florestais que não foram vinculados aos estabelecimentos processadores da matéria-prima. Qualquer que seja o segmento a utilizar a biomassa de florestas de Eucalyptus spp., no estado, acredita-se que as vantagens sejam nitidamente superiores à exploração das áreas de vegetação nativa, salvo porém pelos aspectos em que as florestas implantadas estejam num raio mais distante, o que viria a onerar o custo final pelo aspecto do transporte em maior distância. As microrregiões Planalto Goiano, Sudeste Goiano e Chapada dos Veadeiros apresentam a maior concentração da oferta de biomassa. Entretanto, desde que haja um planejamento para implantação de florestas energéticas facilitará a substituição gradativa do uso da vegetação do cerrado, pelas florestas de rápido crescimento, bem como outros segmentos da indústria que de forma técnica e econômica possam ter a substituição assegurada. A análise demonstrou que o aproveitamento dos reflorestamentos implantados somente poderia atender integralmente, ou de forma parcial, aos estabelecimentos de secagem e armazenamento de grãos em 19 municípios, enquanto o total de estabelecimentos instalados, em todo o estado, abrangem 83 municípios. Dos resultados conclui-se que as espécies de rápido crescimento, particularmente o Eucalyptus spp., reúnem condições satisfatórias para serem utilizadas em substituição à vegetação do cerrado. Contudo para que o segmento de secagem de grãos e outros venham a ter possibilidade garantida de oferta, o direcionamento de uma política florestal a nível es tadual e nacional faz-se necessário. O estado precisa redefinir suas áreas prioritárias ao reflorestamento ou ampliá-las, ao mesmo tempo em que devem ser utilizadas técnicas mais modernas, em escala empresarial, para a ampliação da atividade do complexo industrial.