Avaliação dos limites de exposição ao monóxido de carbono em atmosferas de submarinos nucleares.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Chrestani, Alexandre Ghidini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-11052023-074432/
Resumo: A principal característica de um submarino nuclear reside em sua capacidade de permanecer submerso continuamente por longos períodos, podendo ficar até meses debaixo dágua. Essa característica faz com que o ar interno não seja constantemente revitalizado com o ar externo, o que pode causar o acúmulo de poluentes. Um desses poluentes é o monóxido de carbono, o qual pode causar uma série de efeitos adversos à saúde, desde alterações sensoriais até a morte. Uma vez que a tripulação fica constantemente exposta à atmosfera interna, limites de exposição ao monóxido de carbono, estabelecidos pelas legislações trabalhistas, não podem ser empregados para o ambiente de submarinos, tornando necessário o estabelecimento de limites próprios para esse meio. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é propor limites de exposição ao monóxido de carbono para o ambiente de submarinos nucleares. Empregaram-se dois modelos matemáticos de exposição ao monóxido de carbono, as formas linear e não-linear da equação de Coburn-Foster-Kane, as quais estimam o nível de carboxihemoglobina no sangue, marcador biológico usado para avaliar a exposição ao monóxido de carbono. Foram considerados diferentes concentrações desse gás, ambiente com baixo teor de oxigênio, diferentes níveis de atividade física da tripulação e tempos de exposição. Avaliaram-se os Limites de Exposição Contínua para 90 dias, Limites de Exposição de Emergência para 24 horas e 1 hora e Limites para Escape de Submarinos para 10 dias e 24 horas. Os resultados demonstraram que a concentração de monóxido no ambiente não deve ultrapassar 9 ppm para o Limite de Exposição Contínua para 90 dias, 35 ppm para o Limite de Exposição de Emergência para 24 horas, 90 ppm para os Limite de Exposição de Emergência para 1 hora, 60 ppm para o Limite para Escape de Submarinos para 10 dias e 80 ppm para o Limite para Escape de Submarinos para 24 horas. Comparando esses valores com aqueles estabelecidos pelo Conselho Nacional de Pesquisa para a Marinha dos Estados Unidos, foi possível notar que apenas o limite para 90 dias está de acordo com o obtido pelo modelo estudado neste trabalho, ao passo que os demais limites são superiores aos sugeridos por este trabalho, o que pode indicar um risco à saúde da tripulação, sendo este trabalho mais conservativo.