O mito do turismo sustentável na Ilha João da Cunha - SC: análise das políticas públicas e instrumentos da sustentabilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Damião, Amanda Baldissera
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100140/tde-21022018-163230/
Resumo: O discurso do turismo sustentável destaca principalmente a faceta da atividade turística como atividade econômica, sendo o seu conceito vago e ambíguo e de duvidosa operacionalidade prática, além de politicamente apelativo. Partindo desta premissa, tornou-se intrigante estudar uma área consolidada como sustentável, em uma região de altíssimo interesse cultural, social, ambiental, econômico, e cercada por modelos de turismo massificados e predatórios, como é o caso das cidades vizinhas: Balneário Camboriú, Meia Praia, Bombas e Bombinhas. O objeto de estudo desta pesquisa foi a Ilha João da Cunha, localizada no litoral centro-norte de Santa Catarina, no objeto existe um empreendimento turístico desde 1996 e o projeto para a construção de um resort de luxo. A pesquisa teve como objetivo analisar as políticas públicas e seus instrumentos para o desenvolvimento do turismo na Ilha João da Cunha. A pesquisa foi um estudo de caso, exploratório e documental realizado através da análise crítica das políticas públicas e seus instrumentos para o desenvolvimento sustentável e a sustentabilidade do turismo e como eles rebatem no objeto de estudo - a Ilha João da Cunha. Foi apresentado o que as políticas públicas interpretam por desenvolvimento sustentável e sustentabilidade sob à luz da análise crítica do conteúdo explícito dessas políticas, e analisados o instrumentos que legitimam o uso e a ocupação da Ilha. Os resultados apontaram para a fragilidade das políticas públicas e seus instrumentos para o desenvolvimento sustentável do turismo e os conflitos de interesses existentes em relação ao uso e ocupação da Ilha como propriedade privada. O ganho econômico não pode sobrepor as dimensões propostas para o desenvolvimento sustentável na perspectiva do turismo