Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bernardo, Desiree Rita Denelle |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-22122022-105145/
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Resumo: |
A injúria renal aguda (IRA) altera a hemodinâmica renal, leva à injúria tubular, ativa vias de inflamação, proliferação e de morte celular. O dano inicial causado no tecido renal após um evento de isquemia/reperfusão (I/R) participa na patogênese do curso da IRA, assim como na predisposição à doença renal crônica. A deficiência de vitamina D tem sido considerada um fator de risco para a doença renal e está associada ao dano túbulo-intersticial, contribuindo para a progressão da doença renal. A obesidade está relacionada diretamente ao diabetes mellitus e hipertensão arterial, principais desordens metabólicas responsáveis pela progressão da doença renal. Além disso, a expansão do tecido adiposo é descrita como um importante fator para uma maior secreção de citocinas pró-inflamatórias e respectiva influência na progressão da doença renal. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência da deficiência de vitamina D e da obesidade na progressão da doença renal em modelo de I/R renal em ratos. Ratos Wistar foram submetidos à cirurgia de I/R renal no 45o dia e acompanhados até o 90o dia de protocolo. Os animais foram divididos em quatro grupos de acordo com a dieta recebida: padrão (P), depletada em vitamina D (dVD), hiperlipídica (H) ou hiperlipídica depletada em vitamina D (HdVD). Ao final dos 90 dias foram observados níveis quase indetectáveis de vitamina D nos animais dos grupos dVD e HdVD. Além disso, foram constatadas alterações no perfil antropométrico e metabólico nos animais dos grupos H e HdVD. A combinação de deficiência de vitamina D e obesidade contribuiu para o agravamento dos parâmetros funcionais e hemodinâmicos nos animais do grupo HdVD. Ademais, essa combinação favoreceu a exacerbação do processo inflamatório e da expressão renal de proteínas da matriz extracelular e de marcadores de alteração fenotípica, resultando em uma expansão do compartimento túbulo-intersticial. Todas essas alterações estiveram associadas com uma maior expressão renal do fator de crescimento transformante e redução da expressão do receptor de vitamina D. Nossos resultados mostram que o efeito sinérgico da obesidade e da deficiência de vitamina D agravou as alterações funcionais, hemodinâmicas e morfológicas observadas na evolução da doença renal em modelo de I/R |