Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Chuffi, Samira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-05042022-120710/
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Resumo: |
Casos de hepatite A são frequentes em áreas endêmicas, nas quais os baixos níveis socioeconômicos exercem influência direta no saneamento básico, medidas de higiene e hábitos particulares dos indivíduos, que acabam gerando um cenário perfeito para a proliferação do vírus e o acometimento da população durante os primeiros anos de vida. Em contrapartida, em regiões não endêmicas, onde há países de alto poder socioeconômico com medidas adequadas de higiene, saneamento básico e bons hábitos da população, a prevalência é baixa e a susceptibilidade da população de jovens e adultos é alta, resultando em surtos no momento em que ocorre a introdução do vírus entre essa população. Apesar da típica transmissão dessa infecção por via fecal-oral por meio de água e alimentos contaminados, nos últimos anos a disseminação tem sido associada às práticas sexuais, principalmente pela prática do sexo oro-anal, observada mais frequentemente entre homens que fazem sexo com homens (HSH). Na Europa, durante o último surto que teve início já no final de 2016, foram acometidos cerca de 22 países europeus com 4.475 casos notificados até setembro de 2018, com a predominância da população HSH. Esse surto, inicialmente relatado nos países europeus, foi observado nos países da América do Norte e do Sul, como no Brasil e, em particular, na cidade de São Paulo. Dados publicados forneceram importantes informações epidemiológicas acerca do município de São Paulo com 1547 casos notificados no período de 2016 até outubro de 2019, sendo destes 1266 (82,0%) indivíduos do sexo masculino e desses, 503 (41,0%) relatando provável contaminação pela via sexual. Sabe-se que os genótipos (I,II e III) e os subgenótipos (IA, IB, IIA, IIB, IIIA e IIIB) do vírus da hepatite A (HAV) apresentam uma distribuição geográfica característica, portanto a identificação molecular das cepas do HAV envolvidas na infecção é de grande relevância para o entendimento da origem da infecção e de suas rotas de transmissão. Este estudo teve como objetivo principal a caracterização da epidemiologia molecular e o estudo das relações filogenéticas das cepas de HAV isoladas dos casos de infecção aguda atendidos em instituições de referência da cidade de São Paulo no período de setembro/2017 a maio/2019. Foram incluídas amostras com sorologia confirmada para hepatite A (anti-HAV IgM positivo) de 51 casos, destes a maioria (80,3%; 41/51) era do sexo masculino e na faixa etária entre 20 e 40 anos (68,6%). O HAV RNA foi detectado por nested RT-PCR utilizando primers que amplificam um fragmento de 267 pares de base (pb) da região genômica VP1-2A em 92% (47/51) das amostras, de 89,4% (42/47) dessas foi possível também amplificar a região VP1 completa (953 pb). As amostras amplificadas foram sequenciadas para posterior análise genotípica. Todas as sequências caracterizadas neste estudo foram classificadas dentro do subgenótipo IA; observou-se o agrupamento das mesmas em cinco clados, e a maioria das sequências isoladas dos casos de São Paulo agruparam juntamente com as sequências isoladas dos surtos que ocorreram em diferentes países da Europa em 2016 |