Auditoria independente no Brasil: evolução de 1997 a 2008 e fatores que podem influenciar a escolha de um auditor pela empresa auditada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Simone Povia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-13102010-191828/
Resumo: As informações contábeis são de grande importância para o equilíbrio do relacionamento entre os stakeholders, sendo direcionadoras para a alocação de seus recursos. A auditoria independente, nesse contexto, surge como um importante mecanismo que contribui para proporcionar confiabilidade a essas informações, reduzindo o conflito de agência inerente a esse relacionamento, ao expressar uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis às praticas de contabilidade. Diversas são as empresas de auditoria independente cadastradas na Comissão de Valores Mobiliários para realizar tais trabalhos no Brasil; no entanto, quatro empresas se destacam nesse rol: PriceWaterhouseCoopers, Deloitte Touche Tohmatsu, KPMG e Ernst & Young. Essas quatro empresas são mundialmente conhecidas como Big Four. Até 2001, tal grupo era denominado Big Five e tinha como integrante a Arthur Andersen, que deixou de atuar no ramo a partir de 2002. Este trabalho buscou verificar a participação dessas empresas no Brasil no período de 1997 a 2008. Para tanto, as empresas auditadas foram classificadas pelo ramo de atividade, controle acionário e negociação em bolsa de valores, a fim de verificar a participação das empresas de auditoria sob diferentes aspectos. A amostra foi composta de 2.024 empresas constantes do banco de dados da FIPECAFI no período contemplado na pesquisa. Os resultados apontam que, na média do período, aproximadamente 80% dos ativos das grandes empresas atuantes no Brasil são auditados por empresas do grupo Big Four. Em 2008 a líder geral no Brasil foi a KPMG, responsável por auditar mais de 30% dos ativos da amostra. Outro objetivo deste trabalho foi detectar características das empresas auditadas que poderiam ser indicadores para a empresa escolher um auditor componente do grupo das maiores empresas de auditoria independente, focando-se na influência dos credores nessa decisão. Para esse objetivo foram coletados dados contábeis das empresas auditadas, além das informações não contábeis já utilizadas na primeira análise de participação das auditadas (ramo de atividade, controle acionário e negociação em bolsa de valores) e aplicado o teste estatístico de regressão logística. Os resultados não mostraram que a situação econômica e financeira da auditada influencia essa escolha, mas apontaram para a importância do controle acionário e do porte da auditada.