O professor de língua portuguesa na visão de formandos de letras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Conceição, Rute Izabel Simões
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-18122008-121448/
Resumo: O trabalho tem por objetivos estudar os modos de representação do papel do professor de Língua Portuguesa construídos por acadêmicos do curso de Letras e fornecer elementos para propostas de intervenção no ensino superior, especialmente na formação do professor de Língua Portuguesa. Foram analisados 75 textos produzidos por formandos em Letras de Instituições de Ensino Superior, públicas e privadas, do Estado de Mato Grosso do Sul. Os textos foram produzidos como resposta a uma questão discursiva que avaliava os conhecimentos de Linguística e de Língua Portuguesa no Exame Nacional de Cursos em 2001 e correspondem ao total de textos desse Estado disponibilizados em amostra cedida pelo INEP-MEC. Por meio de uma abordagem qualitativa dos dados lingüísticos, numa perspectiva sociocultural e discursiva, o caminho percorrido para investigar indícios dessa representação fundamentou-se nos aportes oferecidos pelo chamado paradigma indiciário. Tomando o texto como registro do processo de sua produção, procuramos descrever e explicitar as representações que os concluintes do curso de Letras fazem do professor de Língua Portuguesa. Os resultados evidenciaram que, em seus textos, os formandos alternam os papéis de professor-repassador de conteúdos (papel predominante) e de professor-investigador, oscilação que, ao definir as representações sobre o professor de língua materna como heterogêneas e instáveis, revela que elas estão em constante processo de construção e que, por essa razão, são, também, suscetíveis de alguma intervenção. Defendemos, portanto, que a explicitação dessas representações pode contribuir para uma intervenção crítica nas práticas didático-pedagógicas que assumem como pressuposto a apropriação da persona do sujeito conhecedor da língua, apropriação ora feita pelo recurso à metalinguagem técnica (normativa ou descritiva) ora ensejada pela didática do seu ensino, ambas sob a luz da concepção de língua como semióforo.