Intensidade da ferrugem tardia em framboeseira relacionada a estresse hídrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ribeiro, Raquel Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20042021-105409/
Resumo: A framboeseira (Rubus ideaus L.) é uma planta perene de clima temperado, de interesse comercial crescente no Brasil. A framboeseira, entretanto, é suscetível à ferrugem tardia (Pucciniastrum americanum), principal doença da cultura no país. A presença de estresses abióticos, como seca e altas temperaturas, podem interferir na relação patógeno-hospedeiro. Apesar da importância da ferrugem tardia, existem poucos estudos sobre o patossistema P. americanum - R. ideaus. Os estudos desenvolvidos tiveram como objetivos (i) determinar, in vitro, as condições ambientais favoráveis para que ocorra a germinação de urediniósporos do fungo; (ii) desenvolver e validar uma escala diagramática para ferrugem tardia; e (iii) avaliar in vivo a influência do estresse hídrico na intensidade da ferrugem tardia e na fisiologia de framboeseiras. A germinação de urediniósporos foi avaliada em diferentes temperaturas e períodos de molhamento. Os urediniósporos possuem uma ampla faixa de temperatura para germinação, desde 5 até 25°C, com uma maior porcentagem de germinação entre 15 e 20°C, e germinam a partir de 4 horas de molhamento, estabilizando após 12 horas. A escala diagramática foi elaborada com oito níveis de severidade e foram utilizadas duas abordagens para as análises estatísticas, regressão linear e análise de concordância de Lin. Em ambas as análises o uso da escala melhorou a precisão e a acurácia dos avaliadores nas estimativas da doença. Os experimentos referentes ao estresse hídrico foram conduzidos em casa de vegetação. Medidas de trocas gasosas e avaliações dos parâmetros epidemiológicos foram realizadas em mudas sob manejo hídrico controlado. Plantas com déficit hídrico apresentaram menor intensidade da doença, o que pode estar relacionado à penetração do patógeno, que ocorre exclusivamente por estômatos. O déficit hídrico reduziu os valores de trocas gasosas das plantas, não apresentando sinergismo com a ferrugem tardia. As plantas sem estresse hídrico tiveram as trocas gasosas reduzidas pela presença da ferrugem tardia. Essa redução pode estar relacionada à maior severidade da doença e maior área de lesão virtual ao redor das pústulas afetadas pelo patógeno.