Concentração acionária e risco de expropriação de riqueza dos credores no Brasil: um estudo com as empresas listadas na BOVESPA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Martin, Ranieri Avila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-31012014-100408/
Resumo: A pesquisa procurou levantar a relação entre concentração acionária e risco de expropriação de riqueza dos credores no Brasil. O universo amostral compreendeu as empresas de capital aberto listadas na Bovespa no período de 1997 a 2011. Foram traçados dois objetivos na pesquisa: (i) verificar se empresas com a presença de controle acionário definido apresentam maior percepção de risco de expropriação de riqueza dos credores do que aquelas que não apresentam concentração acionária; e (ii) verificar entre as empresas com a presença de controle acionário definido se maior participação no controle gera maior percepção de risco de expropriação de riqueza de terceiros. O suporte teórico do trabalho se deu em estudos sobre estrutura de capital, controle de capital, mercado de crédito e custo de capital de terceiros no Brasil. As variáveis estudadas foram o percentual de ações ON pelos principais acionistas e o custo da dívida medido pelo Ki. Os procedimentos estatísticos se deram pelos testes não paramétricos U de Man-Whitney e Kruskal-Wallis com comparações múltiplas entre grupos. A primeira resposta apresentou indícios, com significância estatística de 5%, que empresas com controle acionário definido tendem a apresentar maior risco de expropriação de riqueza de terceiros do que as demais. Entretanto, quando o controle é exercido por um único acionista que possui 50% ou mais das ações com direito a voto, as empresas tendem a apresentar menor risco de expropriação de riqueza dos credores do que as demais. A segunda resposta encontrada, também com significância estatística de 5%, apontou que, em empresas com a presença de um único acionista na posse de 50% ou mais das ações ON, à medida que esse principal acionista aumenta a participação no controle, o custo da dívida, variável explicativa de risco de expropriação de riqueza de terceiros, tende a diminuir. Portanto, acredita-se que o presente estudo cumpre a proposta de investigação apresentada ao não encontrar evidências que permitam descartar a ideia de que existe relação entre controle acionário definido e risco de expropriação de riqueza dos credores.Palavras-chave: Apreçamento de opções, Modelo HJM Gaussiano, Regressão não paramétrica.