A natureza da representação visual e espacial na memória de trabalho: evidências baseadas na apresentação de informação visual irrelevante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Carrazzoni, Paola Passareli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-08052014-102345/
Resumo: O termo Memória de Trabalho descreve um sistema de curto prazo envolvido com a manipulação e o armazenamento de informações necessárias para a realização de tarefas cognitivas complexas como a aprendizagem e a compreensão. Neste estudo investigamos os processos de dissociação de características visuais e espaciais na memória de trabalho. Os dois primeiros experimentos tiveram como objetivo avaliar o uso dos flickers cromático e acromático na dissociação de características visuais e espaciais em tarefas de recordação e reconhecimento de sequências. O Experimento 1 indicou que, na tarefa de recordação, a condição visual foi prejudicada pelo flicker cromático, visual, mas não pelo flicker acromático, e nenhum resultado significativo foi encontrado na condição espacial. No Experimento 2, uma tarefa de reconhecimento, ambas as interferências prejudicaram o desempenho dos participantes, mas não de forma diferencial, ou seja, a interferência visual não afetou exclusivamente a tarefa visual nem a interferência espacial afetou exclusivamente a tarefa espacial. Verificaram-se indícios de conjunção incidental nas provas negativas da condição visual. A comparação entre o desempenho dos participantes nas tarefas de recordação e reconhecimento indicou um melhor desempenho na tarefa de reconhecimento do que na tarefa de recordação. O experimento 3 buscou equiparar a dificuldade das provas visual e espacial a fim de identificar a capacidade para a realização de tarefas exclusivamente visuais, espaciais e visuoespaciais. Os resultados sugerem que enquanto a capacidade espacial dos participantes para o reconhecimento de sequências de letras parece estar em três itens, a capacidade visual e a capacidade para o reconhecimento de características conjugadas parecem estar em dois itens. O experimento 4 teve como objetivo avaliar o efeito do Ruído Visual Dinâmico (RVD) e da Estrela de Cinco Pontas na dissociação de características visuais e espaciais da memória de trabalho em tarefas de reconhecimento de sequências visuais, espaciais e visuoespaciais de dois e de três itens. Os participantes obtiveram um melhor desempenho na tarefa visual, indicando que esta pareceu ser a tarefa mais fácil entre as três realizadas. As interferências RVD (visual) e Estrela (espacial) não afetaram o desempenho dos participantes nas tarefas visual e visuoespacial, mas na tarefa espacial, ambas as interferências tiveram um efeito prejudicial no desempenho dos participantes, embora não de forma diferencial, como era esperado. Por outro lado, a análise dos resultados indicando que o RVD não representou uma interferência significativa para a memória de trabalho visual, pode ser indicativa de que o efeito de interferência do RVD só apareceria quando a demanda da tarefa de memória fosse alta, ou que seus efeitos podem não ser diretamente sobre a memória visual temporária, mas sim no processo de recuperação da informação visual da memória de longo prazo.