Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Altavini, Camila Siebert |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-26082024-141013/
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Resumo: |
O suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens de 15-29 anos e a implementação de estratégias de prevenção são imperativos. Apesar da relação custo-benefício promissora, são poucas as evidências acerca de estratégias de prevenção primária. Dados recentes apontam para resultados mais otimistas quando estratégias de prevenção consideram especificidades da população-alvo. Pouco sabemos sobre os fatores associados ao suicídio entre jovens universitários, prejudicando o desenvolvimento de estratégias de prevenção para esta população. Nossos principais objetivos foram: Investigar as principais estratégias de prevenção primária do suicídio entre adultos e avaliar as evidências de seus efeitos; Analisar a prevalência de ideação suicida e fatores associados na população universitária; Identificar subgrupos na população universitária, conforme indicadores de ajustamento acadêmico e saúde mental, e analisar sua associação com ideação suicida e sintomas depressivos. Inicialmente foi realizada uma revisão de revisões sistemáticas. Utilizamos a busca em cinco bases para identificar artigos de avaliação de estratégias de prevenção do suicídio. Dois revisores extraíram os dados e avaliaram a qualidade metodológica dos estudos. Utilizando dados extraídos de uma pesquisa nacional com estudantes universitários, estimamos a prevalência de ideação suicida e sua associação com características sociodemográficas e acadêmicas. Por fim, realizamos uma análise de classes latentes, que possibilitou identificar subgrupos de estudantes a partir de características similares de saúde mental e ajustamento acadêmico. Potenciais associações das classes à ideação suicida e sintomas depressivos foram identificadas a partir de análise de regressão logística. Na revisão sistemática encontramos evidências de pequena magnitude de efeito das intervenções sobre os desfechos estudados. A maioria dos programas de prevenção multicomponentes com resultados promissores foram implementados direcionados a populações específicas. A restrição de meios foi a única intervenção que mostrou algum efeito na redução do suicídio quando aplicada individualmente. Além disso, a qualidade das comunicações midiáticas está inversamente relacionada com mudanças nas taxas de suicídio. A maioria das publicações revisadas apresentaram baixa qualidade metodológica. Podemos concluir, portanto, que programas de prevenção de suicídio podem obter melhores resultados quando consideram características específicas da população-alvo e combinam diferentes estratégias, incluindo restrição aos meios. Em relação aos estudantes universitários, encontramos uma prevalência de 5,9% de ideação suicida. As variáveis associadas a maiores chances de ideação suicida foram: sofrimento mental, abuso sexual e variáveis acadêmicas, como insatisfação com o curso e baixo desempenho acadêmico. Afiliação religiosa e presença de filhos foram inversamente associados ao desfecho. Resultados da análise de classes latentes indicaram a existência de quatro subgrupos de estudantes, havendo dois com maiores chances de apresentar ideação suicida e sintomas depressivos. Em relação aos estudantes universitários, observamos que o impacto da vida acadêmica na saúde mental dos estudantes deve ser acompanhado por serviços psicopedagógicos e de saúde das instituições de ensino. A detecção precoce de estudantes em sofrimento psíquico, é essencial para o encaminhamento adequado a serviços de apoio. A avaliação da relação entre vulnerabilidades relacionadas ao suicídio ainda é muito necessária para adaptar planos de prevenção adequados nas instituições de ensino |