Percepção do bem-estar animal na produção de ovos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Arno, Alessandra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-11072022-180608/
Resumo: No Brasil o bem-estar animal está em destaque na atualidade, com o movimento de transição do sistema convencional de gaiolas para sistema livre de gaiolas. Esse movimento é impulsionado pelo comprometimento de grandes empresas do setor em produzir, utilizar e comercializar ovos e produtos com ovos exclusivamente de sistemas livres nos próximos anos. Esse fenômeno aponta a necessidade no entendimento das percepções dos consumidores em relação produção de ovos e o bem-estar animal. O objetivo do estudo foi avaliar a percepção de consumidores brasileiros sobre a produção de ovos e o bem-estar animal na avicultura de postura. Para isso, a dissertação foi escrita em dois capítulos, sendo estes: Percepção sobre o bem-estar na avicultura de postura no Brasil: uma análise descritiva e Bem-estar na avicultura de postura no Brasil: caracterização, tipificação e percepção holística do consumidor. Assim, foi desenvolvido um questionário abordando questões relacionadas a características sociodemográficas, hábitos alimentares, conhecimento sobre a cadeia produtiva, percepção geral sobre o bem-estar animal na produção de ovos. O questionário foi distribuído nas redes sociais e respondido em todo o território nacional, pela internet. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e por análise multivariada. Os respondentes totalizaram 1.415 pessoas. Os resultados da análise descritiva apontaram associação do consumo de ovos com a escolaridade (p = 0,02976); do grau de bem-estar animal percebido pelos com gênero (p = 0,0374), escolaridade (p < 0,001) e relação do respondente com o bem-estar animal (p = 0,0014) e a disposição em pagar mais por ovos de sistemas livres de gaiolas pelo gênero (p = 0,0315), escolaridade (p < 0,001) e renda (p < 0,001) dos respondentes. Para a abordagem multivariada, três perfis de consumidores foram obtidos: interessado, emergente e indiferente. Os grupos apresentaram diferenças estatísticas entre si (p < 0,05) para diversas variáveis dentro dos indicadores sociodemográfico, hábitos alimentares, conhecimento sobre a cadeia de produção de ovos, percepção holística sobre o bem-estar animal na produção de ovos e percepção sobre ovos com garantia de bem-estar animal. O estudo apontou a necessidade em educar os consumidores quanto à produção de ovos e o bem-estar animal na avicultura. Os consumidores estão dispostos a pagar mais por ovos de sistemas livres de gaiolas, mas mostram a necessidade da identificação, por meio de rotulagem, associada a origem dos ovos e ao sistema de produção, garantindo o selo de certificação de bem-estar animal. Esses resultados reforçaram a importância da criação de leis especificadas para a produção de ovos e o potencial de mercado para sistemas livres de gaiolas, de acordo com a percepção dos consumidores avaliados.