Análise dos impactos da intervenção farmacêutica no tratamento de pacientes com hanseníase em um hospital público universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cavalheiro, Amanda Henriques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-21062022-141347/
Resumo: Terapias e procedimentos eficazes para melhorar a adesão a tratamentos é uma preocupação para o Sistema Único de Saúde e para os profissionais da área. No entanto, a baixa adesão pode causar sérias implicações para as doenças, como o controle da hanseníase, podendo surgir resistência aos medicamentos e implicar falha terapêutica. Além disso, vários fatores podem estar associados a esse comportamento e devem ser avaliados para uma melhor compreensão e um melhor direcionamento do cuidado farmacêutico. Diante dessa questão, o objetivo deste trabalho é testar a hipótese de que os instrumentos educacionais desenvolvidos pela pesquisadora, assim como o cuidado farmacêutico, aumentam a adesão ao tratamento de pacientes diagnosticados com hanseníase de um hospital público universitário. Para desenvolver a pesquisa, elaborou-se um estudo longitudinal com o uso de testes quanti e qualitativos com a finalidade de avaliar (i) a adesão ao tratamento, (ii) os conhecimentos e (iii) os impactos físicos e sociais ocasionados pela doença. Os pacientes realizaram o tratamento da hanseníase no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, no período de outubro de 2020 a junho de 2021. Foram elaborados, então, materiais educativos utilizados junto aos pacientes e, depois disso, avaliou-se o impacto do acompanhamento farmacêutico e dos materiais instrutivos na adesão ao tratamento e na participação social. Foi possível obter que a adesão ao tratamento aumentou significativamente após a intervenção de cuidado farmacêutico e de educação em saúde, conforme o Teste de Morisky-Green (78,4%>35,1%). Pacientes classificados em \"sem limitação\" ou \"leve limitação\" pela escala SALSA tiveram 27 vezes mais chance de serem aderentes ao tratamento, de acordo com o teste de Haynes-Sackett (THS). Pacientes que obtiveram classificação de \"sem restrição\" ou \"leve restrição\" na Escala de Participação tiveram 9,2 vezes mais chance de serem aderentes ao tratamento, de acordo com o THS. Além disso, a metodologia foi mais eficaz em pacientes do sexo masculino com baixa escolaridade do que em mulheres, que já apresentavam alta adesão. Portanto, conclui-se que o cuidado farmacêutico tem eficácia no uso correto de medicamentos durante o tratamento e que a educação em saúde pode contribuir para uma melhora na realidade social desse indivíduo.