Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Daher, Gustavo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-08092021-125650/
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: Já está bem estabelecido o papel crítico do estresse oxidativo resultante da hiperglicemia na etiopatogenia das complicações crônicas do diabete melito (DM), juntamente com a hipertensão arterial sistêmica, a dislipidemia e uma suscetibilidade genética. Diversos estudos demonstram a participação da melatonina no metabolismo da glicose, bem como seu importante papel como antioxidante endógeno. Polimorfismos genéticos podem alterar a produção e a ação da melatonina. O presente estudo teve por objetivos avaliar (1) se o risco de complicações crônicas microvasculares em indivíduos com DM tipo 1 (DM1) está associado com polimorfismos de um único nucleotídeo (SNPs) em genes que codificam enzimas responsáveis pela síntese da melatonina (ASMT e AANAT) e o receptor MT1 da melatonina (MTNR1A) e (2) a associação entre as concentrações urinárias do principal metabólito da melatonina, a 6-sulfatoximelatonina (aMT6s), a as complicações microvasculares. MÉTODO: Dados demográficos, clínicos e laboratoriais foram coletados de 489 indivíduos com DM1 com mais de 10 anos de doença; urina para a dosagem de aMT6s foi coletada de 94 indivíduos com DM1 e de 30 controles sem DM. A genotipagem de SNPs nos genes ASMT, AANAT e MTNR1A foi realizada por reação em cadeia da polimerase em tempo real nos 489 indivíduos. As seguintes complicações foram avaliadas: retinopatia diabética (RD), doença renal diabética, neuropatia periférica e neuropatia autonômica cardiovascular, além do decaimento da função renal. RESULTADOS: A presença do alelo A no SNP rs4446909 no gene ASMT, que codifica a enzima acetilserotonina-metiltransferase/hidroxindol-O-metiltransferase e é uma das limitantes na produção de melatonina, associou-se a menor risco de RD. Os haplótipos GGCACCGTT e TGGATCGCC no gene AANAT, que codifica outra enzima limitadora da produção de melatonina, associaram-se, respectivamente, a maior e menor risco de declínio da função renal. Na avaliação do gene MTNR1A, que codifica o receptor de melatonina MT1, a presença do alelo raro A do rs4862705 associou-se a um maior risco para o declínio da função renal no período de seguimento do estudo. Finalmente, na população avaliada, as concentrações de aMT6s urinária foram maiores nos indivíduos com DM1 em relação àqueles sem DM1, mas não se observaram diferenças significantes entre indivíduos com DM1 com e sem qualquer uma das complicações crônicas avaliadas. CONCLUSÕES: SNPs em genes que codificam receptores de melatonina e enzimas da síntese hormonal modularam a susceptibilidade a complicações microvasculares na população estudada. |