A eficácia dos diferentes tratamentos endoscópicos versus métodos simulados, farmacológicos ou cirúrgicos para a doença crônica por refluxo gastroesofágico: revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cordero, Martin Andres Coronel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-28102021-145133/
Resumo: Introdução: Os tratamentos endoscópicos para a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) ainda estão em evolução e a maioria dos estudos publicados abordam o alívio dos sintomas em curto prazo. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática e metanálise focada na avaliação da eficácia dos diferentes procedimentos endoscópicos no tratamento do DRGE Métodos: O protocolo deste estudo foi registrado no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), do Centre for Reviews and Dissemination da University of York, sob o número CRD42017064534. Foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados MEDLINE/PubMed, Scielo, EMBASE, Cochrane/CENTRAL. Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos prospectivos e randomizados que avaliaram a eficácia dos diferentes tratamentos endoscópicos em comparação com outras intervenções (procedimentos simulados, inibidores da bomba de prótons, cirurgia) para DRGE crônica.; inclusão apenas de pacientes com idade superior a 18 anos, submetidos a procedimentos endoscópicos para DRGE crônica (definidos como sintomas com duração igual ou superior a 6 meses), período de acompanhamento superior a 3 meses; artigos em inglês, português ou espanhol. Os artigos foram préselecionados pela avaliação dos títulos e resumos e, em seguida, foram avaliados pelo texto completo em relação aos critérios de inclusão e exclusão. Foi realizada uma metanálise utilizando um modelo de efeito fixo para determinar a eficácia de todos os tratamentos endoscópicos versus qualquer outro tipo de intervenção. A heterogeneidade foi avaliada usando a estatística I2 . A diferença de risco absoluto com um intervalo de confiança de 95% (IC) foi calculada para todas as estimativas, e um valor de P <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: Foram analisados dados de 16 Ensaios clínicos randomizados (ECR), totalizando 1085 pacientes. A eficácia dos tratamentos endoscópicos em comparação com o tratamento com simulados e inibidores da bomba de prótons (IBPs) mostrou uma diferença significativa até 6 meses a favor da endoscopia sem heterogeneidade (P < 0,00001) (I2 : 0%). A análise do subgrupo mostrou diferença estatisticamente significativa até 6 meses a favor da endoscopia: endoscopia vs IBP (P < 0,00001) (I2 : 39%). Endoscopia vs simulados (P < 0,00001) (I2 : 0%). A maioria dos resultados subjetivos e objetivos foram estatisticamente significativos em favor da endoscopia até 6 e 12 meses de acompanhamento. Conclusões: Esta revisão sistemática e metanálise mostrou uma boa eficácia a curto prazo em favor dos procedimentos endoscópicos ao compará-los a tratamento simulado, farmacológico ou cirúrgico. Não existem dados de ensaios clínicos randomizados sobre o acompanhamento a longo prazo e isso deve ser explorado em futuros estudos