Doses populacionais de radiação ionizante na cidade de São Paulo: medidas de dose gama a céu aberto.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Oliveira, Raimundo Enoch Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/43/43134/tde-11092001-141733/
Resumo: Os efeitos da radiação ionizante aos seres humanos são sobejamente conhecidos para doses altas e intermediárias, ao passo que há muitas controvérsias sobre os efeitos de irradiações com baixa intensidade. Para que se possa entender melhor tais efeitos é necessário que se conheçam bem essas doses. No presente estudo, fez-se um levantamento da média anual da taxa de equivalente de dose ambiente H*(10) à qual as pessoas estão expostas na cidade de São Paulo, uma vez que inexistem dados a esse respeito na literatura. Para tal, traçou-se rotas de maneira a se cobrir a maior e mais representativa área da cidade e, na escolha dos pontos de coleta de dados, levou-se em consideração principalmente o fator ocupação. Utilizou-se um sistema de espectrometria gama, portátil, que fornece automaticamente, a taxa de H*(10) e o espectro gama medido (no intervalo de 50 a 1670 keV) no local de interesse, dentro de um intervalo de tempo curto por se detectar contribuições de uma fonte muito extensa. As medidas foram realizadas a 1 m do solo e adotou-se 300 s como tempo de medida. Os valores medidos variaram de 33,1 a 152,3 nSv.h-1, descontada a contribuição dos raios cósmicos, o desvio padrão da amostra foi de 22 nSv.h-1 e a média obtida para a cidade de São Paulo foi de 96,1(24) nSv.h-1. Além disto, calcularam-se as médias da taxa de equivalente de dose ambiente para os cinco Núcleos de Saúde nos quais a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo dividiu a cidade. O teste estatístico t de Student indicou uma não homogeneidade do conjunto de dados, com o que se vê necessária a realização de um levantamento mais detalhado a fim de se verificar a natureza de tal diferença. A fim de se comparar o valor médio obtido para a cidade de São Paulo com os valores encontrados na literatura para outras regiões do mundo, converteu-se o valor obtido de equivalente de dose ambiente para dose efetiva. Com isto, pode-se notar que a média anual de dose efetiva para a cidade de São Paulo, de 0,522(13) mSv é superior à estimativa média para o mundo fornecida pelo UNSCEAR – United Nations Scientific Commitee on the Effects of Atomic Radiation, de 0,40 mSv, valor esse que também só leva em conta a contribuição de radiação gama a céu aberto.