Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Correia-Zanini, Marta Regina Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-06012014-100239/
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Resumo: |
Os anos iniciais do Ensino Fundamental são decisivos no sentido de que podem influenciar o desempenho acadêmico e psicossocial dos alunos ao longo da sua trajetória escolar. A maneira como um aluno vivencia esta inserção, assim como os desfechos resultantes deste momento, pode influenciar seu desenvolvimento em anos posteriores. Baseado em achados prévios, o presente trabalho, sob o enfoque do modelo Bioecológico de Desenvolvimento de Bronfenbrenner, foi concebido com o objetivo de investigar o percurso escolar de crianças nos três primeiros anos do ensino fundamental, tendo em consideração variáveis relacionadas: à Pessoa (Criança), ao Contexto (Família e Escola), ao Processo e ao Tempo. Seguindo metodologia longitudinal, as crianças no 1º ano (n=186), no 2º ano (n=176) e no 3º ano (n=151) do Ensino Fundamental foram avaliadas em termos de habilidades sociais, problemas de comportamento e competência acadêmica (Social Skills Rating System - SSRS-BR versão para professores), potencial cognitivo (Matrizes Progressivas colorida de Raven), sintomas de estresse infantil (Escala de Estresse Infantil), percepção de estressores escolares (Inventário de Estressores Escolares) e desempenho acadêmico (Provinha Brasil -2009). As famílias de 122 alunos responderam ao questionário Critério Brasil para levantamento do nível socioeconômico e ao Inventário sobre Recursos do Ambiente Familiar por ocasião do 1º ano. Também foram levantados o IDEB e a localização de cada escola. Como procedimento de análise de dados, foram utilizadas estatísticas descritivas, correlações, comparações, regressão e medidas repetidas. Considerando o conjunto dos resultados encontrados é possível inferir que os alunos acompanhados neste estudo, ao longo dos três primeiros anos do ensino fundamental, apresentam repertório social, poucos problemas de comportamento e no geral têm competência acadêmica acima da média, segundo a avaliação das professoras. Eles percebem poucas ocorrências ou intensidade de situações cotidianas da escola como estressoras, de forma estável nos três momentos em que foram avaliadas. O 2º ano apresentou maiores médias e também o maior percentual de crianças com sintomas de estresse, e o 3º ano, a menor média e também a melhor distribuição em termos de evolução dos sintomas. Tanto o potencial cognitivo, quanto a Provinha Brasil, foram melhorando as médias ao longo dos anos. Nas análises de comparação as meninas têm médias superiores em habilidades sociais, competência acadêmica e desempenho acadêmico. Os meninos apresentam, em média, mais comportamentos externalizantes. Alunos que frequentaram dois anos apresentam mais habilidades de autodefesa, maior competência acadêmica e desempenho acadêmico e menos sintomas de estresse infantil do que alunos que frequentaram um ano. Os recursos da família predizem o desempenho dos alunos nos três anos, salientando-se o RAF 1 Interação pai-criança, que aparece como preditor nos dois primeiros anos. No 2º ano, a localização da escola na periferia é um preditor negativo para desempenho acadêmico. Os resultados indicam que os recursos das crianças podem atuar como fatores de proteção nos anos iniciais da escolarização e sugerem que políticas públicas possam contribuir para o estímulo e desenvolvimento dessas habilidades e competências. |