Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
1991 |
| Autor(a) principal: |
Fonseca, Ana Lúcia |
| Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
| Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
| Tipo de documento: |
Dissertação
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| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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| Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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| Departamento: |
Não Informado pela instituição
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| País: |
Não Informado pela instituição
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| Palavras-chave em Português: |
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| Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-13112024-163641/
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Resumo: |
O ciclo de vida das espécies Ceriodaphnia silvestrii, Daphnia laevis e Poecilia reticulata foi investigado detalhadamente sob condições controladas de laboratório. Os cladoceros foram cultivados numa concentração alimentar de 10cels/ml da clorofícea Monoraphidium dibowiski e na temperatura constante de 25± 2 C . As populações destes organismos foram analisadas quanto ao crescimento individual, ao crescimento populacional, biomassa e a longevidade. O desempenho destas espécies quando cultivadas em águas de diferentes valores de pHs e dureza total foi também investigado revelando que C. silvestri e D.laevis tiveram um melhor desempenho na faixa de pH entre 5,0 e 6,0 para água moderadamente dura (143,0 mg/l CaC03 ) e apenas C. silvestrii sobreviveu em água mole (4,0 mg/l CaC03 ), apresentando um melhor desenvolvimento na faixa de pH entre 7,0 e 8,0. Os organismos cultivados ou aclimatados foram submetidos a utilizando-se testes agudos e crônicos de toxicidade, utilizando-se os efluentes industriais de destilaria de açúcar e álcool e têxtil. Os testes agudos tiveram a duração de 48 horas para C. silvestrii e de 96 horas para P.reticulata. Os testes crônicos foram realizados até o 14° dia no caso de C. silvestrii e até 90 dias para P.reticulata. Em todos os experimentos foram feitas réplicas ou tréplicas. Os valores de k (taxa de crescimento individual) para os Cladocera D.laevis e C. silvestrii foram de 0,1220 e 0,2950 respectivamente e de 0,1869 e 0,0880 para machos e fêmeas de P.reticulata respectivamente. Quanto aos valores de r ( Taxa intrínseca de aumento natural), c. silvestrii, D. laevis e P. reticulata atingiram 0,32, 0,26 e 0,009 dias -¹ respectivamente, sendo que o valor obtido para P.reticulata provavelmente não é representativo para a população natural, ou seja representada apenas um número pequeno de organismos obtidos em laboratório. Os valores de longevidade e fecundidade encontrados para C. silvestrii e Daphnia laevis foram de 29,8 e 28,1 dias e de 9,79 e 4,45 ovos/fêmea , respectivamente. Os valores de CE50 obtidos para neonatas de C. - silvestrii foram de 6,75% ( intervalo de confiança - 5,97-7,63%) e 3,80% ( IC 3,16-4,58) para efluente de destilaria de açúcar e álcool e de 0,194% ( IC- 0,18- 0,22% ) e 0,184% (IC- 0,17- 0,20%) para efluente têxtil. Para alevinos, machos e fêmeas de P.reticulata submetidos a efluente de destilaria de açúcar e álcool, os valores de CE50 foram de 0,11% (0,05- 0,26), 0,69% (0,40- 1,23) e 0,95%(IC - 0,74 - 1,22%) respectivamente. No entanto para o efluente têxtil estes intervalos estimados foram de 1,43% (IC - 0,92 - 2,22%), 28,5% (IC - 21,4 - 37,8%) e 58,2% (IC 47,5-71,2%) em amostras de tingimento comum, e de 53,7% (IC - 42,2 - 68,3%) e de 35,3% (IC - 24,8 - 50,2%) para fêmeas e machos submetidos amostras de tingimento reativo. Evidencia-se portanto que alevinos de P.reticulata revelaram ser a fase de desenvolvimento mais sensível. Entre os adultos, as fêmeas foram mais resistentes para ambos os efluentes testados. Tendo como base os valores de CE50, o efluente de destilaria de açúcar e álcool foi mais tóxico para este organismo teste do que o efluente têxtil. Quanto aos testes de toxicidade crônica, P.reticulata não apresentou diferenças marcantes quanto aos índices crescimento do corpo, reprodução e sobrevivência para ambos os efluentes testados. Sugere-se que para este organismo teste, a toxicidade crônica seja avaliada através de testes histológicos ou bioquímicas. No entanto para C. silvestrii, o valor crônico estimado foi de efluente têxtil e ao redor de 0,02% para 0,07% para o o efluente de destilaria de açúcar e álcool, revelando alterações a nível de crescimento do corpo, índices reprodutivos e sobrevivência, com resultados bastante consistentes, indicando portanto que este organismo pode ser utilizado em testes de toxicidade crônica, tendo como parâmetros de avaliação, os índices aqui utilizados. |
