Comprimento dos telômeros e expressão de genes do complexo shelterin em mulheres com obesidade submetidas à cirurgia bariátrica e eutróficas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Welendorf, Caroline Rossi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-07022019-135007/
Resumo: Telômeros são estruturas localizadas nas extremidades dos cromossomos associadas a um conjunto de proteínas, o complexo shelterin, as quais são responsáveis pela proteção e preservação do material genético. O complexo shelterin é formado por seis proteínas denominadas TRF1, TRF2, RAP1, TIN2, TPP1 e POT1. O comprimento dos telômeros (CT) diminui progressivamente a cada divisão celular e evidências recentes sugerem que o estilo de vida pode acarretar em um encurtamento dos telômeros. Nos indivíduos com obesidade, o excesso de tecido adiposo exerce um papel fundamental ao induzir um estado inflamatório crônico e sistêmico, capaz de gerar o encurtamento do CT. Neste contexto, a cirurgia bariátrica é uma das modalidades de tratamento mais eficaz na melhora do controle metabólico da obesidade. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o comprimento dos telômeros e a expressão dos genes POT1, TRF1 e TRF2 em mulheres com obesidade antes e após seis meses da cirurgia bariátrica e em mulheres eutróficas. A amostra foi composta por 48 indivíduos do sexo feminino com obesidade submetidas à derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) e 16 mulheres eutróficas. Tratou-se de um estudo longitudinal prospectivo no qual foram coletadas medidas antropométricas de peso e altura para cálculo do índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA), composição corporal [massa livre de gordura (MLG) e massa gorda (MG)], ingestão alimentar e coleta de sangue para avaliação bioquímica, análise do CT (DNA) e expressão gênica (RNA). As mulheres com obesidade foram avaliadas antes e após seis meses do procedimento cirúrgico e as eutróficas em um único momento. Como principal resultado, observou-se, após seis meses do procedimento cirúrgico, redução do peso, IMC, CA, MLG, MG, assim como dos parâmetros bioquímicos. Ainda, verificou-se um menor CT entre as pacientes com obesidade quando comparada as mulheres eutróficas e um aumento no CT após a cirurgia quando comparado ao período pré-operatório, entretanto, permaneceu significante menor em relação ao grupo controle. Adicionalmente, observou-se que as modificações das concentrações de triglicérides influenciaram o comprimento dos telômeros, mesmo quando ajustado por idade. Com relação à expressão gênica, observou-se maior expressão dos genes POT1, TRF1 e TRF2 em mulheres eutróficas quando comparadas as pacientes com obesidade antes da DGYR; e aumento da expressão do gene TRF1 após o procedimento cirúrgico. Conclui-se que o CT de mulheres com obesidade é significante menor em relação às mulheres eutróficas. A intervenção cirúrgica mostrou ser eficaz na melhora da composição corporal, dos indicadores bioquímicos e capaz de aumentar o comprimento dos telômeros. Nossos resultados também demonstraram expressão aumentada de POT1, TRF1 e TRF2 em mulheres eutróficas e aumento na expressão de TRF1 após a cirurgia