Variabilidade comportamental em ratos jovens e idosos expostos a diferentes contingências de reforçamento, com e sem exigência de variação ou repetição, e à extinção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Kameyama, Marcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-22112019-165526/
Resumo: O presente estudo teve como objetivo comparar a variabilidade comportamental de ratos Wistar machos jovens (4 meses) e idosos (20 meses), tanto operante quanto induzida. No Experimento 1, ratos jovens (n = 5) e idosos (n = 4) receberam reforço (SAC 10%) contingente à emissão de sequências de quatro respostas de pressão a duas barras, em cinco fases: FR4 - VAR - ACO - VAR - Extinção. Avaliou-se quantitativamente o nível de variabilidade pelos índices U e MetVAR, e qualitativamente pela distribuição das frequências relativas das 16 sequências possíveis. Os resultados mostraram que não foram encontradas diferenças entre jovens e idosos: sob FR4 houve pouca variabilidade, que aumentou sob VAR e declinou sob ACO; na condição de extinção, os animais variaram mais que nas condições anteriores. Porém, o reforço utilizado foi insuficiente para manter o responder dos animais idosos, sendo que apenas um chegou à última fase do experimento. Foi realizado o Experimento 2 utilizando maior magnitude de reforço: SAC 20%. Ratos jovens (n = 5) e idosos (n = 4) foram submetidos às cinco fases experimentais descritas no Experimento 1, sendo acrescentado outros animais jovens (n = 5) e idosos (n = 5), expostos ao reforçamento da repetição (REP) nas fases em que os demais eram expostos à VAR. Todos os animais completaram o experimento, mostrando que sob VAR e REP não foram verificadas diferenças entre jovens e idosos (com alta e baixa variabilidade nessas condições, respectivamente). Contudo, os sujeitos idosos apresentaram menor variabilidade induzida pelas condições FR4 e ACO. A condição de extinção gerou altos índices de variação em todos os animais, porém mais acentuadamente nos animais anteriormente submetidos à REP. No seu todo, os resultados de ambos os experimentos indicaram que a idade dos sujeitos não interferiu nos padrões de variabilidade e repetição operantes. Contudo, os animais idosos mostraram comportamento menos variável frente a reforçamento não contingente à variação e necessitaram de maior magnitude do reforço (concentração da sacarose) para se manter respondendo na situação experimental. Tais resultados sugerem que as diferenças inicialmente observadas entre jovens e idosos, relativas à variabilidade do comportamento, podem ser minimizadas pela manipulação de contingências de reforçamento. Esses dados permitem que se questione se algumas das diferenças comportamentais atribuídas à idade (envelhecimento) podem ser decorrentes de diferentes contingências de reforçamento que atingem os indivíduos de ambos os grupos