Morfometria de populações de Heterodera glycines Ichinohe, 1952 (Nemata: Heteroderidae) e efeito de plantas hospedeiras sobre a morfometria de uma população

• Ano de defesa: 1997
• Autor(a) principal: Rossi, Carlos Eduardo
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: MORFOMETRIA; NEMATOIDES-DE-CISTO; PLANTAS HOSPEDEIRAS; POPULAÇÕES ANIMAIS
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220207-164928/

Realizaram-se dois experimentos, em casa de vegetação, para verificar as variações que ocorrem na morfometria de populações brasileiras de Heterodera glycines Ichinohe, 1952 e o efeito de espécies vegetais com diferentes graus de eficiência hospedeira sobre a morfometria de uma população do nematóide. No primeiro, utilizaram-se oito populações procedentes dos Estados de Mato Grosso (MT), São Paulo (SP1 e SP2), Mato Grosso do Sul (MS), Goiás (GO1 e GO2), Paraná (PR) e Minas Gerais (MG). Cada planta foi inoculada com 1000 juvenis de segundo estádio, em 20 repetições para cada população, sendo a parcela representada por uma planta de soja FT Cristalina. Após 45 dias, foram extraídos os juvenis de segundo estádio, machos e cistos. Os ovos foram extraídos dos cistos. Estudaram-se 23 caracteres relativos a juvenis, 19 a machos, 12 a cistos e 2 a ovos. Os resultados do primeiro estudo confirmaram que as populações apresentam as características da espécie H. glycines. Apesar disso, foram verificadas diferenças significativas entre as populações, não sendo possível caracterizar uma ou mais populações por causa da sobreposição dos valores numéricos. Entretanto, as populações GO1 e GO2, no caso dos juvenis, e GO2, no caso dos machos, mostraram valores significativamente superior aos das demais para determinados caracteres. Por outro lado, para juvenis, MG, MS e SP1, e para machos, MG, foram as populações que mostraram valores significativamente menores que os das demais para determinados caracteres. Para cistos e ovos, não foi possível verificar alguma população que se destacasse das demais com caracteres apresentando diferenças significativas. Na segunda parte do estudo, inoculou-se cada planta de soja FT Cristalina, feijão comum IAC Carioca, ervilha Maria, chícharo, crotalária (Crotalaria juncea L.) IAC 1-2, feijão azuki vermelho AL-9, feijão mungo verde M-80 e tremoço branco com 1000 juvenis de segundo estádio, num total de 20 repetições para cada espécie vegetal. A partir daí, os procedimentos adotados foram semelhantes aos do primeiro estudo. Verificou-se que a ervilha, a crotálaria e o chícharo foram hospedeiras altamente desfavoráveis ao nematóide, obtendo-se a partir delas número insuficiente de espécimes para o estudo morfométrico comparativo com as demais hospedeiras, não sendo possível, inclusive, analisar estatisticamente os seus dados. Para os feijões comum, mungo e azuki e para o tremoço branco, considerados moderadamente resistentes, verificaram-se poucos caracteres com diferenças significativas em comparação à soja, não permitindo evidenciar efeitos negativos dessas hospedeiras sobre a morfometria do parasito.